quinta-feira, 7 de maio de 2009

Devemos dar sempre um sentido á morte

O gosto pela vida é algo imprescindível para quem quer viver e ser feliz nessa vivência; a visão da morte, portanto, depende da visão da vida que temos; morrer não é o mesmo que experimentar a morte; além da separação entre matéria e alma, espírito e corpo, a morte é o ápice da realização do indivíduo, pois é somente nesse momento que ele se encontra por inteiro consigo mesmo.Agora, ser feliz é, de alguma forma, aprender a morrer, já que morrer é inevitável; assim, saber lidar com essa situação limite e que todos, sem excepção, devem experimentar, é a chave para saborear a vida assim como ela é, com suas limitações, aberrações, contradições e negações; ama-se e gosta-se da vida não por falta de problemas ou porque ela seja eterna, mas, simplesmente, pelo fato de gostar de viver.Alguns estudiosos acreditam na imortalidade da alma humana, mas ainda que seja verdadeira essa prerrogativa, não deve interferir nem deixar que a pessoa viva plenamente a sua vida; e o facto de que cientificamente ou filosoficamente apenas os fenómenos constam, também não deve trazer um gosto amargo ou desesperado a vida; morrer, assim, é deixar para outra oportunidade o que se pode realizar bem agora, é transferir a própria caminhada para um outro, é não aproveitar bem as chances que se tem. Morrer em vão é cair no vazio da própria existência ou deixar que o medo impeça de caminhar sempre na direcção certa, devemos aproveitar a morte como forma de protesto ou de honra, de amor, devemos sempre dar um significado à nossa morte.

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