Em 1961, Cecília Supico Pinto criou o Movimento Nacional Feminino. Uma organização independente do Estado que congregava as mulheres portuguesas no apoio moral e material aos soldados que lutavam nas antigas colónias portuguesas.Durante treze anos, Cecília Supico Pinto multiplicou-se em viagens entre a metrópole e as «províncias ultramarinas», ameaçadas pelos movimentos independentistas. Cilinha, como era conhecida, vestiu o camuflado, dormiu em tendas de campanha, esteve debaixo de fogo e embrenhou-se no mato de África, mesmo quando um acidente a obrigou a andar com um pé engessado e de muletas. Tudo em nome de uma missão. Na bagagem levava rações de combate, recordações e histórias pitorescas para contar aos soldados portugueses.Casada com Luís Supico Pinto, homem forte do regime de António Oliveira Salazar, Cilinha uma líder carismática. Salazar, «um verdadeiro príncipe», apreciava a sua alegria, ria-se das suas anedotas, admirava a sua frontalidade e escutava os seus conselhos.Hoje, Cecília Supico Pinto prefere refugiar-se no anonimato, mantendo, contudo, um olhar atento sobre a actualidade. Dona de uma memória invejável, abre nesta biografia as portas da sua vida.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
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1 comentário:
Se tivessemos ganho as guerras do Ultramar, se não tivesse acontecido o desastre de 1974/75, onde estaríamos hoje como Nação, como Povo, como Pátria? Temos aqui mais um "livro para ler" escrito por uma senhora que construiu História com "H" grande. Obrigado Cecília Supico Pinto.
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