quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Resposta à cabra Brasileira

Cara Maitê,

Acabei de ver o teu vídeo a pedir desculpa aqui à malta de Portugal!!

Tudo jóia miúda.. já vi que és uma garota "légál" e brincalhona, por isso, sei que não levas a mal se te tratar por tu...já somos amigos!!

Sabes que há uns anos atrás, quando te vi pela primeira vez, soube logo que tu tinhas dois avôs portugueses!! Essa tua beleza tinha de vir de algum lado né?

Neste momento sinto-me envergonhado de nós (Portugueses) termos ficado tão ofendidos com aquele documentario!! Afinal de contas, o pessoal brazuca é show de bola.. é sempre em festa!! Qual é o problema de um grupo de brasileiras brincarem e gozarem com "gajos" como o Camões e o Vasco da Gama, escarrar para um lago de um Mosteiro que é património mundial, deitar a baixo uma pessoa que não sabia resolver um problema no computador, que pelo que entendi, tu também não sabias resolver ... qual é o stress?? Na boa, tudo "légál", show de bola garota...

Sabes o que me lembrei???

Até era giro a malta combinar, tu falares com esse teu amigo camera man e fazemos o seguinte: Eu levo daqui o Rui de Carvalho (um conceituado actor aqui de Portugal) aí ao Brasil e a malta faz um filme caseiro com este guião:

1º Filmamos o Rui a mijar para os pés do Cristo Redentor e a fazer um V de Vitória como que a afirmar : "Estou-te a mijar para os pés e tu não podes fechar os braços para me impedir... estás a ver quem manda ó 7º maravilha do mundo??"
2º Outra imagem era o Rui num restaurante a fazer o seguinte pedido: "Oh garçon, arranja-me aí uma dose de Presidente recheado com arroz de coentros (caso não tenhas entendido ele iria pedir Lulas recheadas)..."
3º Também era "légál", o Rui gozar um bocado com a vossa história, mas infelizmente, não vai dar porque não é fácil encontrá-la... Espera lá! Já sei... arranjamos um barco e o Rui veste-se de conquistador Português a desembarcar no posto 9 em ipanema gritando o seguinte: "Quem sois vós minhas popozudas de fio dental?? E vós seus boiólas de sunga?? Que estaides a fazer assim vestidos na terra que eu descobri??? Ide-vos vestir e de seguida ide trabalhar para os campos a apanhar cana de açúcar que é para isso que vocês servem!! (esta é show, não é Maitê??)
4º Para acabar, o Rui faz um discurso à frente da estátua do Pélé a dizer: "sabem para que é que este preto era bom?? Para limpar os escarros que os vigaristas dos brazucas mandam para os lagos dos nossos mosteiros lá em Portugal!"

Vôcê curtiu a ideia Maitê??? Pensei que seria falta de respeito e de educação fazer uma coisa deste género de um país que não é o meu, mas afinal, é uma coisa normal como tu dizes.. é brincadeira.. isto há brincadeiras do carago (como se diz no norte cá da terra)!
Ah é verdade... muito importante...Depois vendemos isto à rede Globo e eles transmitem isto em horário nobre... Aposto que o Brasil vai ficar inundado em lágrimas de tanto rir!! Afinal de contas como tu disseste, o povo brasileiro, é muito brincalhão! De certeza que vai aceitar que um "manézinho" vá aí à tua terra gozar com a tua pátria!!

Um beijo pá..

E aparece mais vezes cá em Portugal. Tenho uma brincadeira que adorava fazer contigo, mas que não te conto agora... pronto está bem, eu conto... era esfregar 3 pasteis de nata (aqueles que tu comeste) na tua cara!! Deve ser mesmo o teu género de brincadeira... afinal de contas tu és tão bem humorada! É verdade, traz as tuas amigas do programas porque há pasteis para todas!!

Beijos pá

Nota: Usei o nome de Rui de Carvalho sem qualquer desrespeito à sua pessoa, antes pelo contrário, é um símbolo do nosso país daí ser a pessoa exacta para ironizar esta situação.

(Recebido por Email)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Maitê Proença, a vergonha!


Este vídeo foi para o ar no programa Saia Justa. A actriz e escritora Maitê Proença estava em Portugal por causa de uma peça teatral e aproveitou as horas vagas para fazer algumas imagens para o programa semanal do canal GNT. O tema? Aquele mesmo assunto pobre de sempre: gozar com os portugueses. Como isso ainda não basta, ela terminou o vídeo cuspindo nos Jerónimos. A pergunta é: para quê? Será um laboratório para ela ser “o próximo chafariz” da nova novela da TV Record?
Todo o vídeo é uma ofensa a Portugal e aos portugueses. Começa por ir a Sintra para mostrar uma porta de uma casa aparentemente comum com o 3 virado para a direita e, sem perceber o significado esotérico, goza com os portugueses, pois diz que aquilo demonstra que está em Portugal - os caras nem sabem colocar direito um algarismo numa porta! Só vai a Sintra, que tem imensos monumentos, castelos e palácios, para gozar com aquilo.
Depois goza com o Tejo ser, para os portugueses, o mar, quando na realidade ela está junto ao Estuário do Tejo, onde o rio desagua no mar e ambos se confundem. Fala também no Salazar, de que ela não sabe nada, imaginando que, por ter sido um ditador, foi igual a Hitler ou a Mussolini. Goza com o túmulo de Camões, com o estilo arquitectónico manuelino, enfatizando o Manuel, nome injuriado no Brasil nas piadas sobre os portugueses e fala também no episódio no Hotel com o seu PC, quando o Hotel tem áreas de Internet e se tinha problemas com o seu Computador pessoal, deveria usar o equipamento disponível no Hotel para os clientes. O Hotel não tem obrigação de reparar os equipamentos pessoais dos clientes, sejam PC's ou carros ou máquinas de barbear ou sei lá o quê.
Eu acho que ela vai ter muita vergonha quando souber das reacções dos portugueses ao vídeo e vai pensar duas vezes antes de voltar a falar do país e dos seus habitantes. Infame, só revelou ignorância e rancor, talvez dor de cotovelo, inveja.
Quem deveria ter acesso a este vídeo eram os milhares de portugueses que gastaram muitos euros para assistir às suas peças de teatro em Portugal.
É uma vergonha gente deste tipo ser adorada e idolatrada no meu país pelos meus concidadãos.
Quando deixam cair a máscara e se revelam como verdadeiramente são mostram a profunda antipatia que existe no Brasil em relação aos portugueses, é só escárnio e mal-dizer.
Fomos pioneiros na entrega da independência a este imenso território, tornaram-me livres cerca de 50 anos depois dos EUA, mas somos olhados como os culpados de todo o mal existente.
Por acaso foi uma brasileira, mas não me admirava se fosse uma portuguesa a fazer uma coisa destas, constata-se com apreensão que, sensivelmente de há 50 anos para cá, todas as virtudes tradicionais, que nos ensinaram a respeitar e cultivar, e ajudaram grandes povos a construir as suas nações, tais como o culto da tradição, a lealdade, a valentia, a nobreza de carácter e o patriotismo, têm sido sistematicamente atacados, directa e indirectamente, pela maior parte dos meios de comunicação social, tais como a imprensa, televisão, cinema, teatro, em Portugal e no exterior, e através da publicação de revistas e livros.
Dentro da mesma linha de acção, o culto dos heróis que nos foi legado pela nossa civilização greco-latina, e que inspirou tantos dos nossos antepassados para as obras e sacrifícios com que se fez Portugal, tem estado a ser substituido pela simpatia do anti-herói, um novo homem, apático e falhado, ate fisicamente repulsivo, revoltado pacificamente (mas sem sequer se indignar) , contra tudo e contra todos, contra a sociedade e até com o próprio Deus, se nele ainda pensar.
São estes os novos homens e mulheres portugueses, despojados de sentido critico e totalmente manipulados pelos media, pensam que são livres e não compreendem que estão cada vez mais dependente da rentabilidade que podem dar à empresa onde trabalham, e vão-se convertendo mais e mais nuns autênticos escravos da sociedade de consumo, ou à mercê das conveniências politicas vigentes e arquejando debaixo dos pesados impostos que, em crescendo, impiedosamente as carregam.
A sedução e o cinismo imperam. A mentira impõe-se.
E então, estará tudo perdido? Penso que não!
O povo Português, através da sua milenária vida, tem mostrado possuir uma resistência extraordinaria à destruição e uma enorme capacidade de recuperação.
Estes episódios constantes, de ataques mais ou menos premeditados, contra nós todos e contra o nosso país, não passa de uma forma camuflada de inveja de quem não tem a riqueza histórica e social que nós possuimos, o brasileiro ao gozar, ou tentar, gozar com os portugueses, está no fundo a gozar com ele mesmo, porque a nossa história é a sua história.
Desejo a essa senhora que vá fazer reportagens para as imensas e problemáticas favelas das grandes cidades brasileiras, pode ser que encontre algum negão que a satisfaça nas suas mais elementares necessidades, ela deve ter a genética para isso, anda não encontrei nenhuma brasileira que não a tivesse, afinal a maior exportação do Brasil para Portugal é o putedo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Livros - Diniz - O Rei Civilizador

Na próxima sexta-feira, 9 de Outubro, às 19h30, no Espaço D. Dinis, sito na Av. António Augusto de Aguiar, 17 – 4º esq., em Lisboa, a Ésquilo – Edições e Multimédia e a Associação Cultural Nova Acrópole, realizam o lançamento do livro «DINIS – O REI CIVILIZADOR» da autoria de Helena Barbas, Maria Máxima, José Carlos Fernández e Paulo Alexandre Loução.
Este livro transmite uma visão renovada da vida e obra do rei D. Dinis, que marcou profundamente a história de Portugal. Conta também com a colaboração do professor doutor Pedro Gomes Barbosa, coordenador da área de história medieval da Universidade de Lisboa.
Os autores desta obra aprofundam as vertentes fundamentais da vida e do reinado de D. Dinis através de três conjuntos temáticos: 1 – O Rei Civilizador; 2 – O Rei Poeta; 3 –A Influência de Isabel de Aragão e o Culto do Espírito Santo.
São vários os enigmas e os estimulantes temas de reflexão a que o reinado de Dinis e Isabel nos desafiam, e que este livro aborda:
Era D. Dinis um confrade templário? Como trovador estava ligado à corrente esotérica dos Fiéis do Amor? Terá chegado a desejar que o seu filho bastardo Afonso Sanches, também ele poeta, fosse o seu sucessor? O «espírito de liberdade» vivido na Universidade denota uma simpatia de D. Dinis pelas correntes heterodoxas? Terá conseguido, na verdade, ludibriar o Papa ao criar a Ordem de Cristo, sucessora dos Templários? Qual foi o impacto do franciscanismo no seu reinado?
Era realmente um poeta de excepção que merece um lugar na história da literatura? Preferia a diplomacia à guerra? A justiça era uma prioridade sua?
Enfim, foi o verdadeiro refundador de Portugal?
E Dª Isabel, teria simpatia pelo ideal cátaro? Por que só foi canonizada três séculos depois, enquanto à sua tia, Isabel da Hungria bastaram uns anos? Por que foi censurado o texto de Pedro Mariz sobre a rainha santa? O Culto do Espírito Santo foi criado com base nalguns mistérios templários?
Estamos certos que este livro lança uma nova luz na descoberta de uma personagem histórica tão ampla e fascinante, que não deve ser encaixada à força nos limites das historiografias redutoras.

«E este foi o melhor rei e mais justiceiro e mais honrado que houve em Portugal desde o tempo do rei D. Afonso, o primeiro.»
D. Pedro, Conde de Barcelos e filho de D. Dinis
In Crónica Geral de Espanha de 1344

«Talvez não haja na história conhecida uma tão grande semelhança entre outros dois reis do que aquela que existe entre o imperador Marco Aurélio e D. Dinis. (…)
D. Dinis é o rei-lavrador, não só pelas reformas que incorporou na agricultura, pelos pinhais de Leiria que plantou e pela repovoação das terras que devolveu ao solo lusitano a sua natural fertilidade; mas também porque lavrou a terra do futuro de Portugal, quer dizer, estabeleceu os cimentos da sua história futura, abriu a terra do seu presente para que recebesse satisfeita as sementes da civilização.»

José Carlos Fernández
Filósofo, investigador e escritor

«Governando durante mais de quatro décadas (1279-1325) consolida a ideia de Portugal como reino independente e com personalidade própria, dando mostras de um amplo leque de virtudes que o tornou um dos reis mais completos de toda a Idade Média europeia. (…) D. Dinis, o soberano lusitano mais amado de todos os tempos, inclusive com o beneplácito da historiografia actual, foi, sem dúvida, um Grande Português e o Refundador de Portugal!»

Paulo Alexandre Loução
Historiador e escritor

«D. Dinis foi efectivamente um Rei sábio e justo.»

Maria Máxima
historiadora

«(…) será um pouco de tudo isto que se vai encontrar na poesia de D. Dinis. O respeito pela experiência do amor-conhecimento filosofia na linha dos Fedele d'amore; o cumprir com as regras estabelecidas na corte de Leonor de Aquitânia para o fin'amor; também – e aqui o ponto controverso – o quebrar de todas essas regras pré-estabelecidas, uma a uma, sucessiva e premeditadamente, como se as usasse como anti-tema. E ainda, uma paleta de comportamentos e emoções, estados psicológicos, modos de relacionamento que surgem da constelação do universo feminino de que se rodeou.»

Helena Barbas
Professora da Faculdade de Letras da UNL
e Crítica Literária

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Recordar os Portugueses mortos na 1ª Grande Guerra


Vai fazer no próximo dia 5 de Outubro 99 anos que foi implantada a 1ª República Portuguesa. Cerca de cinco anos depois deste acontecimento, Portugal entrava na 1ª Grande Guerra Mundial e, durante o ano de 1917, chegavam a França os primeiros contingentes portugueses, na sua maioria pessoas pobres, na flor da vida, arrancados da vida rural das suas terras natais.

Como testemunha esta carta:

“Mãe. Afinal fez bem vendendo a nossa cabrinha, se precisava de comer. Eu bem sei o que lhe devo como filho e não me zango. Mas tenho muita pena, isso tenho. E às vezes ponho-me a lembrar que quando aí for já ela não vem da horta, entrando em casa, para me comer à mão. A gente também ganha amizade aos animais. Mas não me zango, pois se era precisão…”

Foi com muitos destes homens como soldados que foi organizado um exército ad hoc, feito num espaço de tempo de cerca de dez meses, para defrontar a maior potência militar europeia destes tempos, a Alemanha.

O texto a seguir informa-nos sobre a Batalha de La Lys de 9 de Abril de 1918, onde os portugueses enfrentaram os alemães:

“À l’Ouest, en mars de 1918, c’est-à-dire au moment où les conditions atmosphériques permettent d’engager de grandes opérations, le commandement allemand, grâce à l’armistice russe, dispose de cent quatre-ving-douze divisions d’infanterie – vingt de plus que les Franco-Anglais. Ludendorff (…) sait que «la lutte sera formidable» (…). À trois reprises, le 21 mars sur le front de Saint-Quentin, le 9 avril sur le front de la Lys, le 27 mai sur le front du chemin des Dames, les troupes allemandes, bien qu’elles ne possèdent pas de chars d’assaut, réussissent ces opérations de rupture du front que, depuis la fin de 1914, les belligérants, en France, avaient vainement cherché à réaliser. Elles obtiennent de grands succès …
”.

Tinha razão o general Erich Ludendorff, chefe do Estado Maior do exército alemão, quando dizia que a luta ia ser formidável: os soldados portugueses sentiram-na bem na Batalha de La Lys.

De toda a parte chegam sinais de que a luta se intensifica:

“… Ao atravessar os campos as granadas caíam aos milhares! Alevantavam o chão todo! A terra fervia em cachão! (…) As aldeias ardiam como archotes alumiando a noite! (…) Lembrava o Inferno, a terra toda a arder!”


O texto do historiador francês acima referido dá-nos conta da fortaleza do exército alemão. Ainda por cima, no momento da batalha do 9 de Abril de 1918, as tropas portuguesas estavam enfraquecidas, resultante dos acontecimentos políticos ocorridos em Portugal em Dezembro de 1917:

“Mas, - coisa inevitável, - os nossos soldados, começam a revoltar-se. Sim, inevitável. Pois se de Portugal não mandam reforços e nos esquecem, e os altos comandos, sem a coragem de protestar por todas as formas contra esse desprezo, fazem todos os dias aos soldados promessas de descansos e licenças que nunca chegam, e exigem dalguns milhares de homens o doloroso esforço, que nos outros exércitos se distribui por centenas de milhares, que menos se poderá esperar? O desfalecimento, a exaustão, o desespero atingiram o auge nas nossas fileiras.” (…) “Às dez da manhã sabe-se já que os alemães, numa ofensiva de grande estilo, (…) romperam as nossas linhas e avançam. (…) Lançados ao acaso sobre as macas, os feridos de mais gravidade esperam a sua vez. Um cheiro pesado e morno a éter, sangue e entranhas violadas entontece e engulha. À beira deste ou daquele pingam nascentes de sangue. O chão é todo manchado pelo rio vermelho da vida que extravasa.”


Em poucas horas cerca de 7500 homens perderam a vida nesta batalha.

No próximo dia 5 de Outubro colocar-se-ão flores nas estátuas nacionais “aos mortos da Grande Guerra”, são as flores oficiais de homenagem do regime republicano a esses homens. Porém, em muitos países da Europa, o reconhecimento aos soldados mortos na grande guerra também vem das pequenas comunidades (embora o nosso caso não tenha comparação com o ocorrido nesses países). Por exemplo, em França, encontramos por toda a parte obeliscos, padrões e monumentos, como, por exemplo, este pequeno padrão, algures numa minúscula aldeia francesa, à memória deste soldado:

“Souvenez-vous dans vos prières de // Bussat Eugène // mort pour la France // à vingt ans // 1916”.

Valeu a pena a vida dos 10.000 soldados da República mortos na Primeira Guerra Mundial? Já sabemos o que o poeta diz. O homem está vivo enquanto perdura na memória de alguém. Por isso trazemos aqui estes homens de volta, nem que seja por um dia, para que a nossa memória colectiva não os esqueça.

António Mota de Aguiar

Livros - O Espião de D. João II

O formidável Espião de D. João II possuía qualidades e talentos comparáveis aos de um James Bond e Indiana Jones, reunidos num só homem. A memória fotográfica, uma capacidade espantosa para aprender línguas, a arte do disfarce para assumir as mais diversas identidades, a mestria no manejo de todas as armas do seu tempo e, sobretudo, uma imensa coragem e espírito de sacrifício, aliados ao culto cavaleiresco da mulher e do amor que o fascinavam, fazem dele uma personagem histórica única e inspiradora.
El-rei D. João II escolhia-o para as missões mais secretas, certo que qualquer outro falharia. Talvez esse secretismo seja a razão do seu nome de família e do seu rosto terem ficado, para sempre, na penumbra.
Em 1487, Pêro da Covilhã foi enviado de Portugal, ao mesmo tempo que Bartolomeu Dias, a descobrir por terra, aquilo que o navegador ia demandar por mar: uma rota para as especiarias da Índia e notícias do encoberto Preste João.
Ao espião esperava-o uma longa peregrinação de cerca de seis anos pelas regiões do Mar Vermelho e costas do Índico até Calecut e, também, pela Pérsia, África Oriental, Arábia e Etiópia, descobrindo povos e culturas em lugares hostis, cujos costumes lhe eram completamente estranhos. Na pele de um enigmático mercador do Al-Andalus, o Escudeiro-guerreiro do Príncipe Perfeito realizou proezas admiráveis que causaram espanto no mundo do seu tempo.
Neste romance fascinante, Deana Barroqueiro convida-nos a seguir o trilho de Pêro da Covilhã na sua fabulosa odisseia recheada de aventuras, amores, conquistas e descobertas inolvidáveis…

Informação recebida da editora Ésquilo