«Singram de novo as lusas caravelas.
O vento da fortuna enfuna as velas...
Avante! Avante! Havemos de chegar!
Resplandece no céu a nova aurora!
Alguém encarna o Portugal de outrora,
A própria alma da Pátria: É Salazar!»
João Ilharco, professor do ensino primário, fez os versos para esta página que a Escola Portuguesa - Boletim do Ensino Primário Oficial - dedica a Salazar a 9 de Maio de 1935.
«...se tens saudades da escola sem doutrina moral, sem objectivos, sem intuitos constructivos, sem pensamentos e sem chefes, sem orientação e sem comando; se te não afazes à actividade dirigida, nem te conformas com a existência de uma fiscalização com sanções; se te seduzem outras vozes que não sejam daqueles a quem está confiado o dever de te guiarem e de te esclarecerem; se desejarias ensinar o que quisesses e como quisesses; se lamentas não poderes já conduzir os teus educandos ao alvedrio dos teus sentimentos pessoais, das tuas simpatias, das tuas inclinações ou das tuas paixões...
Nesse caso, dir-te-ei que não és um dos nossos, ainda mesmo que fales do 28 de Maio ou cantes hossanas a salazar!»
«Na hora mais grave, no momento em que a descrença principiava a apoderar-se dos espíritos ansiosos, um homem surgiu em Portugal, quase desconhecido e trazendo consigo, na sua bagagem, apenas o seu diploma de lente universitário. Quem era? poucos o sabiam. Entretanto, aqueles que com ele haviam privado e não eram muitos, apontavam-no como dono de uma inteligência rara, duma pertinácia desconhecedora de obstáculos, de uma vontade inquebrantável, duma serenidade apta para resistir aos sismos mais violentos, despenhados à sua roda resistências tenazes e traiçoeiras ou pela intriga dissolvente e mortal»
Escola Portuguesa - Boletim do ensino Primário Português, 1935
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Outros tempos, outras escolas, melhor ensino
Marcadores: Ensino
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Assim se ensinava o que é a Pátria
Menino, sabes o que é a Pátria?
A Pátria é a terra em que nascemos, a terra em que nasceram os nossos pais e muitas gerações de portugueses como nós. É a nossa Pátria todo o território sagrado que D. Afonso Henriques começou a talhar para a Nação Portuguesa, que tantos heróis defenderam como o seu sangue ou alargaram com sacrifício de suas vidas. É a terra em que viveram e agora repousam esses heróis, a par de santos e de sábios, de escritores e de artistas geniais. A Pátria é a mãe de nós todos os que já se foram, os que vivemos e os que depois de nós hão-de vir. Na Pátria está, meu menino, a casa em que vieste à luz do dia, o regaço materno que tanta vez te embalou, a aldeia ou a cidade em que tu cresceste, a escola onde melhor te ensinam a conhecê-la e a amá-la, e a família e as pessoas que te rodeiam. Na Pátria estão os campos de ricas searas, os prados verdejantes, os bosques sombreados, as vinhas de cachos negros ou de cor de ouro, os montes com suas capelinhas brancas votivas. A Pátria é o solo de todo o Portugal, com as suas ilhas do Atlântico (Açores e Madeira, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe...), as nossas terras dos dois lados de África, a Índia, Macau, a longínqua Timor. Para cá e para além dos mares, é a nossa Pátria bendita todo o território em que, à sombra da nossa bandeira, se diz na formosa língua portuguesa a doce palavra Mãe!....
A Pátria é a terra em que nascemos, a terra em que nasceram os nossos pais e muitas gerações de portugueses como nós. É a nossa Pátria todo o território sagrado que D. Afonso Henriques começou a talhar para a Nação Portuguesa, que tantos heróis defenderam como o seu sangue ou alargaram com sacrifício de suas vidas. É a terra em que viveram e agora repousam esses heróis, a par de santos e de sábios, de escritores e de artistas geniais. A Pátria é a mãe de nós todos os que já se foram, os que vivemos e os que depois de nós hão-de vir. Na Pátria está, meu menino, a casa em que vieste à luz do dia, o regaço materno que tanta vez te embalou, a aldeia ou a cidade em que tu cresceste, a escola onde melhor te ensinam a conhecê-la e a amá-la, e a família e as pessoas que te rodeiam. Na Pátria estão os campos de ricas searas, os prados verdejantes, os bosques sombreados, as vinhas de cachos negros ou de cor de ouro, os montes com suas capelinhas brancas votivas. A Pátria é o solo de todo o Portugal, com as suas ilhas do Atlântico (Açores e Madeira, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe...), as nossas terras dos dois lados de África, a Índia, Macau, a longínqua Timor. Para cá e para além dos mares, é a nossa Pátria bendita todo o território em que, à sombra da nossa bandeira, se diz na formosa língua portuguesa a doce palavra Mãe!....
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Livro de Leitura da 3ª Classe
Porto Editora, Lda., 1958, pp.5-6
A nossa querida Pátria
Ao vermos a enorme extensão do Império Português, admiramos o heroísmo com que os nossos antepassados, - sábios, marinheiros, soldados e missionários, - engrandeceram a Pátria. Por ela atravessaram mares desconhecidos, sofreram as inclemências de climas insalubres e travaram lutas cruéis em paragens longínquas. Aprendamos a lição do seu esforço, para amar e servir, como eles, a nossa querida Pátria.
Ao vermos a enorme extensão do Império Português, admiramos o heroísmo com que os nossos antepassados, - sábios, marinheiros, soldados e missionários, - engrandeceram a Pátria. Por ela atravessaram mares desconhecidos, sofreram as inclemências de climas insalubres e travaram lutas cruéis em paragens longínquas. Aprendamos a lição do seu esforço, para amar e servir, como eles, a nossa querida Pátria.
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Livro de Leitura da 3ª Classe
Porto Editora, Lda., 1958, p. 11
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