quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Livros - A SAGA DO REI MENINO

«El-rei dom Sebastião; El-rei dom Sebastião! Eis como estas palavras chegam à nossa história, fazendo do principezinho um rei de três anos de idade, o rei menino. (…) Foste talvez o único rei português que chegou ao trono sem saber o que era an­dar roído pelo desejo diabólico de poder e de glória. (…) Eras verdadeiro e autêntico em tudo o que dizias e fazias e isso chega para fazer de ti um caso especial entre os monarcas portugueses.»
«Hoje, à distância, convenço-me que a derrota de Alcácer Quibir teria ainda sido mais funda se a batalha não se tivesse perdido. (…) As vitórias são quase sempre uma distracção de superfície, um vento enganador de euforia e arrogância, enquanto as derrotas, exigindo um esforço de concentração e uma cons­ciência da humildade, podem ser o momento da criação. Alcácer Quibir foi para os portugueses uma derrota dessa ordem; ganhava-se mais perdendo e perdia-se mais ganhando. (…)Alcácer Quibir é o momento mais tenebroso da História de um povo, uma derrota ignominiosa, uma página de luto e escuridão, feita de carne, sangue e lágrimas, uma catástrofe gigantesca que é impossível fitar de frente, mas é ao mesmo tempo o seu momento mais luminoso e epifânico, aquele de que se esperou sempre salvação, vida eterna e imortalidade, tudo o que é extraordi­nário e glorioso.»
«Vejo Sebastião no momento da partida para Alcácer Quibir como um jo­vem músico antes do seu primeiro concerto. Tem no rosto as alegrias da espera e nos olhos o pavor do escuro. Amedronta-o a iniciação.»
«Ainda hoje o Encoberto é uma figura da nossa vida; basta que esteja num poema de Fernando Pessoa para andar por perto. Não admira que quase quinhentos anos depois de Alcácer Quibir ainda haja gente à tua espera, ó Sebastião. Assim, meu amigo, não custa morrer aos vinte e quatro anos, nem perder uma batalha, nem ter uma estrela funesta no destino. Por isso, o meu último vocativo para gente de carne e osso devia ser para ti, meu extraordinário rei de Portugal.»

sábado, 24 de novembro de 2007

Navios Portugueses - Vasco da Gama

Antiga corveta couraçada com o mesmo nome , foi transformada em cruzador na Itália voltando a navegar em 1901. Havia sido construída na Inglaterra por Thames Iron Works e incorporada como corveta em 1 - 2 - 1887 , sendo abatida em 25 - 9 - 1936.
DESLOCAMENTO: 3 030 tons.
DIMENSÕES:71,3 * 12,28 * 5,56 metros.
ARMAMENTO: 2 peças de 203 mm; 1 de 150 mm; 1 de 76 mm; 8 de 47 mm; 2 metr. de 6,5 mm
PROPULSÃO: 2 máquinas de E.T. de 6 000 H.P. - 2 veios = 15,5 nós
COURAÇA MAXIMA: 254 mm
GUARNIÇÃO: 259 homens

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Um monstro chamado crédito

É uma vergonha o que se está a passar em Portugal com os empréstimos ao consumo desenfriado. A publicidade tem concerteza muito que ver com ese fenómeno, senão vejamos:
É inacreditável e do mais completo "no sense", por exemplo, no intervalo de qualquer programa informativo ou noticioso onde se apela á moderação na obtenção de crédito, sejamos bombardeados com um sem número de anúncios publicitáros a propôr exactamente o contrário, nunca foi tão fácil obter dinheiro rápido, o pior vem depois......
Se não forem tomadas medidas "energicas" com vista á diminuição do acesso de crédito ao consumo o mesmo vai tornar-se um enorme problema com consequências catastróficas a curto prazo.
Mais uma vez, como se fosse preciso mais, se prova que um Estado deve ter um controle sobre os meios de comunicação social, propaganda, publicidade, etc, etc....Só assim, e eficaz e rapidamente, se conseguia a total proibição de anúncios de empresas de crédito.
Deveriam ser também proibidos os contratos de compra de bens, quaisqueres bens, com recurso a crédito, isso iria promover a poupança e o espírito de sacrificio, se queres alguma coisa tens de poupar e lutar por ela, promovia-se o prazer e a estima do homem pelo objecto, reduzia-se o consumo e incentivava-se a longevidade dos bens, como por exemplo dos automóveis, reduzindo-se a super crescente tendência para o descartável.
A única coisa que deveria ser autorizada comprar com recurso ao crédito seriam as habitações, e mesmo esses contratos deveriam ser alvo de profundas remodelações, apenas jovens casais com manifesta falta de primeira habitação própria poderiam obter o empréstimo e deveria ser estimulado o recurso ao créditos que visassem a recuperação e reparação de casas antigas e degradadas assim como deveria ser estimulado o recurso ao crédito para compra de casa na província e nas zonas rurais e interiores de Portugal.
Num país como o nosso, onde o nivel de poder de compra estagnou há alguns anos, os desnivelamentos sociais de acentuam, a classe média é alvo de uma ataque cerrado com vista á sua morte, o recurso ao crédito é visto socialmente, mas erradamente, por todos os que têm parcos recursos, como a tábua de salvação quando é na verdade a sua morte económica.

Testemunhos

Um dia de manhã, ao chegar á sua residência, encontrei o Doutor Salazar, Presidente do Conselho, com um pé engessado por virtude de uma fractura nos dedos do pé direito. Isto passava-se em Junho de 1966, quando em Londres decorria o campeonato do mundo de futebol onde o jogador Eusébio constituía a pedra fulcral da selecção portuguesa. Depois de me certificar de que o Doutor Salazar não tinha dores nem a fractura lhe estava a causar grande incómodo, não resisti a dizer-lhe: «Antes V. Ex. do que o Eusébio.» O presidente do Conselho achou graça ao dito, tanto assim que no mesmo dia, ao falar com o Dr. Franco Nogueira, o próprio Doutor Salazar comentou: «Grave, grave e de consequências nacionais seria se isto tivesse acontecido ao Eusébio.»

José Luciano Sollari Allegro
Secretário particular entre 1947-1960

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Sangue

"Empregamos esta palavra como significando Herança.
Os rubros glóbulos sanguínios trazem, dentro da sua microscópica esfera, antigos espectros que resurgem e vão definindo o carácter dos indivíduos e dos Povos.
Gritam no sangue velhas tragédias, murmuram velhos sonhos, velhos diálogos com Deus e com a terra, esperanças, desilusões, terrores, heroísmos, que desenham, em tintas vivas, o cenário e a acção das nossas almas.
O sangue é a memória, presença de fantasmas, que nos dominam e dirigem.
À voz do sangue responde a voz da terra; e este diálogo misterioso mostra caractéres da nossa íntima fisionomia portuguesa.
A Ibéria foi primitivamente povoada por diversos povos de que descendem os actuais castelhanos, vascos, andaluzes, galegos, catalães, portugueses, etc.
Aqueles Povos pertenciam a dois ramos étnicos distintos, diferenciados por estigmas de natureza física e moral.
Um dos ramos é o ariano (gregos, romanos, godos, celtas, etc.); e o outro, é o semita (fenícios, judeus e árabes).
O Ária criou a civilização greco-romana, o culto plástico da Forma, a beleza concebida dentro da Realidade próxima e tangível, o Paganismo; o Semita criou a civilização judaica, a Bíblia, o culto do Espírito, a unidade divina, a beleza concebida para além da matéria.
O Ária cantou, nos cumes do parnaso, a verde alegria terreste, a infância, a superfície angélica da vida; o Semita glorificou, nos cerros da Calvário, a dor salvadora que nos eleva para o céu, o sonho da Redenção, pelo sacrifício do espiritual.
Povos destes dois ramos étnicos tão diferentes, misturaram-se na Península, originando as antigas nacionalidades que Castela submeteu à sua hegemonia, com excepção de Portugal. Todavia, conservam uma certa independência moral revelada pelos idiomas ainda hoje falados na Espanha.
Portugal resiste, há oito séculos, ao poder absorvente de Castela. Demonstra este facto que, de todas as velhas Nacionalidades Peninsulares, foi Portugal a dotada com mais força de carácter ou de raça.
E este seu carácter, trabalhado depois pela Paisagem, resultou ou nasceu da mais perfeita e harmoniosa fusão que, neste canto da Ibéria, se fez do sangue ariano e semita.
Estes dois sangues, equivalem-se em energia transmissora de heranças, deram à Raça lusitana as suas próprias qualidades superiores, que, em vez de se contradizerem - pelo contrário - se combinam amorosamente, unificando-se na bela criação da alma Pátria."

Teixeira de Pascoaes

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Livros - Mocidade Portuguesa Feminina

«Uma mulher que me deixasse ler o jornal em paz (…), que, quando eu estivesse a trabalhar, soubesse fazer silêncio (…), não olhasse para a minha mãe com olhos de nora ciumenta (…), não me esgotasse a paciência fazendo-me sempre esperar (…), não me desequilibrasse o orçamento (…). Uma mulher capaz de compreender a doce sujeição que a esposa deve ao marido.»
Revista da MPF – Menina e Moça, 1948

Em 1937, a Mocidade Portuguesa Feminina (MPF) nascia com o objectivo de criar a nova mulher portuguesa: boa esposa, boa mãe, boa doméstica, boa cristã, boa cidadã sempre pronta a contribuir para o Bem comum, mas longe da intervenção política deixada aos homens.
A historiadora Irene Flunser Pimentel traça-nos a história deste movimento, obrigatório para mulheres dos sete aos catorze anos, através do Boletim do MPF e mais tarde da revista Menina e Moça, veículos de transmissão dos valores e comportamentos ditados pelo regime salazarista.
Ao folhearmos estas páginas, deparamo-nos com raparigas fardadas de bandeira em punho, lições de lavores e trabalhos manuais ou outros afazeres da vida doméstica, indicações sobre o fato de banho oficial com decote pouco generoso e saia não muito curta, lemos textos sobre a atitude a ter em casa com o marido, conselhos sobre livros fundamentais e outros proibidos aos olhos destas jovens e aprendemos as virtudes dos grandes heróis nacionais como D. Filipa de Lencastre ou o Santo Condestável.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Plano Tecnológico VI

No âmbito da estreita amizade deste nosso desgoverno com o democrático estado da China eis as novas varredoras adquiridas aos "amigos" chineses do Sócrates, claro está incluidas no tão conhecido Plano Tecnológico.

Navios Portugueses - Classe S. Rafael

S. RAFAEL 1900 - 1911

S. GABRIEL 1900 - 1925
Estes cruzadores foram construídos em França, nos estaleiros Forges et Chantiers de L´Havre. Inicialmente possuíam três mastros. O S. Rafael perdeu-se por encalhe em Vila do Conde, tendo morrido dois tripulantes.
DESLOCAMENTO : ( S.R. ) 1838 tons. ( S.G. ) 1850 tons.
DIMENSÕES : 75 * 10,8 * 4,35 metros
ARMAMENTO: 2 peças de 150 mm ; 4 de 120 mm; 8 de 47 mm; 3 metr: de 6,5 mm. 1 tubo lança-torpedos
PROPULSÃO: 2 máquinas de T.E. de 3 000 H.P. - 2 veios = 15 nós
AUTONOMIA: 3 500 milhas
GUARNIÇÃO: 249 homens

Roteiro semanal

Conferência de apresentação do curso
«A SABEDORIA VIVA DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES»
Terça-feira, 13/11, às 19h30, entrada livre.
Estimados Amigos:
Conferência de apresentação do curso «A Sabedoria Viva das Antigas Civilizações» que terá efeito na próxima terça-feira, 13/13, pelas 19h30, no Espaço D. Dinis sito na Av. António Augusto de Aguiar, 17 – 4º esq., em Lisboa. A entrada será livre.

Na quinta-feira, 15/11, às 19h, festejamos em conjunto o Dia Mundial da Filosofia. Para o evento um grupo de membros da Nova Acrópole e de voluntários do programa KAIRÓS prepararam uma representação teatral com a presença de grandes génios da filosofia tais como Confúcio, Platão, Séneca, Hipátia de Alexandria, Hildegarda von Bingen e Maimónides. A não perder!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Sacanas

Um sacana negro brasileiro que acode pelo nome de "seu Jorge" vem a Portugal dar uma espécie de espectáculo, ou espectáculos, acho que são alguns em algumas cidades deste país, daqueles que eu ainda não consegui perceber, existe por ai muita gente com tendência para passar algumas horas a sofrer, e informou a produção dos pseudo espectáculos que quer é sua espera no camarim nada mais nada menos do que, e espantem-se, 80 refrigerantes diversos, 40 bebidas energéticas, 50 pães tipo francês, cervejas brasileiras Brahma, 4 litros de água de coco verde, cinco caixas de bombons e 2 litros de caldo verde.

Ora eu não admira que ele peça, já têm pedido coisas piores, admira-me é que lhe atendam o pedido.

Pode ser que morra afogado no caldo verde!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Conheça os verdadeiros amigos!


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

É fartar vilanagem

Cravinho e Odete com pensão vitalícia
«João Cravinho, Odete Santos e Marques Mendes, ex-deputados do PS, PCP e PSD, pediram, no decurso deste ano, a atribuição da subvenção mensal vitalícia, uma pensão concedida para toda a vida aos ex-titulares de cargos políticos. O antigo parlamentar socialista, que renunciou ao mandato de deputado em Janeiro deste ano para assumir o cargo de administrador no Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), já tem a subvenção atribuída, mas os processos de Odete Santos e Marques Mendes estão ainda em fase de apreciação.»
Ora cá está o tal "Estado Social" a funcionar, quem sempre teve continua a ter, e em quantidade, quem nunca teve nada a não ser trabalho em cima do lombo uma vida inteira, continua a nada ter.
É fartar vilanagem!

...Eis a Realidade

O Primeiro Ministro, José Sócrates, está andando tranquilamente quando é atropelado por um condutor das corridas da Ponte Vasco da Gama e Morre ali na hora.
A alma dele chega ao Paraíso e dá de caras com São Pedro na entrada.
-"Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro
-"Antes que você entre, há um problemazito... Raramente vemos Políticos por aqui, sabe… então não sabemos bemo que fazer com você.
-"Não vejo problema nenhum, basta deixar-me entrar", diz o antigo Primeiro Ministro José Sócrates"Eu bem que gostaria de o deixar entrar senhor Engenheiro, mas tenho ordens superiores… Sabe como é… Vamos fazer o seguinte: O Senhor passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Depois pode escolher onde quer passar a eternidade.
-"Não é necessário, já resolvi. Quero ficar no Paraíso diz o Primeiro Ministro.
-"Desculpe, mas temos as nossas regras. "
Assim, São Pedro acompanha-o até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta abre-se e ele vê-se no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticoscom os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo. Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o diabo, um tipo muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles divertem-se tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. Ele sobe, sobe, sobe e a porta abre-se outra vez. São Pedro está a espera dele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas no paraíso, junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia chega ao fim e São Pedro retorna.
-" E então??? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna." Ele pensa um minuto e responde:
-"Olha, eu nunca pensei ... vir a tomar esta decisão… O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar muito melhor no Inferno."
Então São Pedro abanando com a cabeça, leva-o de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre-se e ele vê-se no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo e com um cheiro horrível.
Ele vê todos os seus amigos com as roupas rasgadas e muito sujas catando o entulho e colocando-o em sacos pretos, repara que por vezes os amigos se pegam á porrada na disputa de pedaços de comida podre.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do Primeiro Ministro.
-" Não estou a entender?!", - gagueja - "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um lindo campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo mal cheiroso e os meus amigos totalmente arrasados!!!"
O diabo olha pra ele… sorri ironicamente e diz:
-"Ontem estávamos em campanha. Agora, que conseguimos o seu voto... eis a realidade"