sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Caça á Multa também no Mar

Saiu recentemente uma noticia do Correio da Manhã, referente á caça das multas por parte da Policia Marítima, em que os mesmos tinham uma comissão sobre o que facturavam nas multas.
«A vontade de multar quem anda no mar chega ao ponto» revelou um agente da Policia Marítima, de «serem empenhados mais de 200 elementos, entre militares e agentes, apenas para se fiscalizar uma traineira. Encontra-se sempre uma infracção e isso dá dinheiro a toda a gente», confessou o agente.

É este o país que temos, ao invés de servir e proteger, é fartar vilanagem, o que já é prática comum nas estradas portuguesas há muitos anos por parte da BT da GNR, a caça á multa, nas mais variadissimas maneiras e sobre tudo o que mexe nas estradas nacionais, chega agora ao mar e a todos aqueles que trabalham no mar, sangue, suor e lágrimas para retirar das águas o magro salário e depois caiem-lhes em cima estes tibúrcios a multar a torto e a direito, arreganha que é democrático!

Praxe Exemplar



Assim sim, uma praxe com um objectivo concreto, plena de interesse, de integração, de entreajuda e de sensibilização, ao contrário de outras ditas praxes que mais parecem torturas e altamente humilhantes que deviam ser determinantemente proíbidas nas nossas Universidades.

Navios Portugueses - Mindello

Primeiro vapor construído expressamente para a Armada, foi entregue em 1845 nos estaleiros Green em Inglaterra.
DESLOCAMENTO - 604 tons.
DIMENSÕES - 48,44 * 8,47 * 5,0 metros
ARMAMENTO - 4 peças de 32 "; 2 rodízios de 68 mm.
PROPULSÃO - 1 máquina de baixa pressão de 220 h. p. – 2 rodas laterais
VELOCIDADE - 12 nós
Em 1862 este navio sofreu profundas alterações em estaleiros ingleses, aparelhando em lugre barca, com as seguintes alterações e a silhueta completamente renovada.
DIMENSÕES - 58 * 10 * 5 metros
ARMAMENTO - 6 peças e 2 rodízios
GUARNIÇÃO - 120 homens

Proteja-se

Proteja-se, porque o Estado apenas protege os bandidos, gatunos, burlões, drogados e violadores, se não se encontra nesta lista cuidado, você é uma possivel vitíma!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Testemunhos

«Sem lhe negar uma inteligência excepcional, não foi esta que mais me impressionou. Foi sem dúvida a sua vontade: uma vontade de aço que nada fazia flectir.
Ao contrário da opinião mais expendida, Oliveira Salazar não era uma personalidade monolítica: era uma personalidade facetada e até contraditória. Se considerarmos os aspectos humanos de um indivíduo como sendo representados pelo conteúdo de um copo de água, Salazar era uma taça onde haviam sido deitados vários copos...Assim, era um céptico inveterado que, no fundo, não acreditava em nada nem em ninguém; mas trabalhava com todos e em tudo, como se em tudo e em todos acreditasse. De uma frieza capaz de não hesitar ante um acto sacrificando vidas humanas (lembremos a defesa da Índia), comovia-se quase até ás lágrimas ao ler a carta de um pedinte profissional, que dizia estar inválido, e a mulher no hospital, e os filhos com fome - embora, no fundo, suspeitasse de que era tudo mentira. Atento como poucos á presença, no dia -a-dia, das grandes opções do Homem e da História, passava (ou perdia...) imenso tempo escolhendo uma gravura ou uma fotografia para uma edição secundária: são conhecidos os promenores que anotava e emendava , nas suas visitas ou textos que corrigia. Dotado de uma memória prodigiosa e de uma sólida cultura humanista (que nunca descurou), sabia como poucos, vencendo uma timidez inata mas fácil de descobrir, assumir o sentido da grandeza e da História nos seus actos e nas suas palavras. Era muito sensivel ás honrarias: queria-as todas, mas para depois as desprezar. E sendo um homem simples no estilo de vida, era ao mesmo tempo um verdadeiro homem da Renascença na subtileza da sua cultura, nesse sentido de grandeza a que já aludi. De uma susceptibilidade quase doentia (por vezes, tudo o podia ofender), não hesitava em colaborar com quem lhe não inspirava confiança ou até julgava capaza de trair. Sendo acima de tudo um homem de formação tradicionalista e mesmo rotineira, nenhuma inovação lhe metia medo e a desaconselhava aos colaboradores.
Paricularmente sensivel e apto, pela sua formação de base, para a percepção dos grandes princípios (para ele muito poucos, mas em cuja defesa era intransigente e rígido), tinha a ânsia de conhecer os promenores, e isso levava-o a desejar - e até pedir - descrições e esquemas que lhe permitissem uma ideia clara das realidades concretas, que não procurava conhecer directamente. Dai o espanto que causava quando, sem nunca ter estado numa cidade, aqui ou no Ultramar, pedia informaçõres sobre o adiantamento das obras de construcção de um edificio nela situado e o localizava com precisão. Tinha pela terra e pelos seus problemas o amor do pequeno proprietário rural. E a sua percepção estática, embora tendendo para parâmetros clássicos, era extremamente apurada.
Quando o Prof. Oliveira Salazar faleceu, fui um dos convidados a fazer um depoimento enquanto decorria o funeral. Terminei-o com as seguintes palavras: Pense-se o que se pensar da sua obra, não é possivel evocar este Homem sem que ressoem na nossa memória as grandes frases dos grandes clássicos. Sim, porque foi tal o seu peso sobre a nossa época que até os olhos que dele fogem o encontram por toda a parte. Sempre sobre a minha geração se projecta o seu vulto enorme. E sempre Salazar, deslumbrante ou sombrio, no limiar de todo um século está de pé.»

Henrique Martins de Carvalho, Ministro da Saúde e Assistência (1958 - 1962)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Os presidentes das juntas


Eu é que sou o Presidente da Junta, ou melhor, eles é que são os presidentes das juntas, são aos milhares, mais precisamente 4257, tantos quanto o número de Freguesias, mais os secretários e restantes "stafs" dos orgãos de freguesia.
Verdadeiros aprendizes de cacique, esta espécie de interessante observação varia de comportamento conforme a côr partidária pela qual foram eleitos, assim como a região do país onde está a freguesia.
Nas freguesias de província, é a elas que me vou referir, os Presidentes de Junta, muitos deles já com "muitos anos" de vida nestas andanças (alguns desde os anos 70), atravessando todos os (des) governos, de todas as cores, eles próprios multicoloridos ao sabor dos tempos e conforme as tendências da altura de eleição, são a amostra do governo central e as respectivas freguesias mostram em miniatura o estado do país real ao nível governativo.
Representativos das diversas freguesias, estes representantes eleitos pelo povo localmente deveriam, supostamente, representar e esprimir as vontades, desejos, problemas e aspirações dos aglomerados populacionais que representam, mas, ao invés disso, aproveitam-se dos insignificantes cargos de Presidentes de Assembleia de Freguesia para favorecimentos pessoais, favorecimentos de familiares, conhecidos e amigos.
Particularmente interessante é observar os que tentam, e conseguem, fazer vida daquilo, de Presidente de Junta, deixando muitas vezes os seus empregos, para, num gesto de visionários, abraçarem tão nobre profissão.
Apresentam-se aos locais, seus pares, como salvadores, sempre prontos a arregaçar as mangas para "dar uma ajuda" no que fôr preciso, deste assentar tijolo a reparar electrodomésticos, passando pelos tradicionais e fartos petiscos de canes assadas, regados com cerveja á descrição ou vinho da região.
Interessante também é verificar as relações destes "minisócrates" com os restantes poderes locais, Igreja, GNR, Orgãos de Saúde, Bombeiros e, claro está, Câmara Municipal.
Igreja - Em relação ao Prior da Freguesia, se ele não tiver caido em desgraça dos paroquianos, é desde uma palavra de cúmplicidade porque a igreja não é de ignorar na altura dos votos, até ás ajudas monetárias e de mão de obra nas festas locais, tudo conta para cair nas boas graças de Deus, pelo menos até ao primeiro desentendimento pertidário/ideológico/pessoal. O padre é, normalmente, também habitual comensal nos petiscos.
GNR - Relacionamento institucional q.b., não fosse o patrão o mesmo, e geramente o Cabo ou Sargento comandante do posto territorial da zona são outros habituais comensais nas patuscadas de fim-de-semana que muitas vezes são efectuadas nas instalações da própria GNR, é também curioso ver que o parque de viaturas da Junta e respectivos condutores estão imunes a coimas e admoestações por parte da autoridade GNR, concerteza não será coincidência o fenómeno.
Orgãos de Saúde - Devido ao envelhecimento da população local os Presidentes de Junta tentam ter com os médicos de familia locais uma relação próxima, isso dá-lhes junto dos eleitores uma aparência de possivel recorrência em caso de doença e necessidade, a chamada cunha. Talvez por isso os médicos são habituais convivas nas tertúlias gastronómicas e vínicolas que já atrás me referi.
Bombeiros - Com os Bombeiros ninguém se quer dar mal, é politicamente incorrecto
e faz perder votos. O sonho de qualquer Presidente de Junta é ser Chefe de Bombeiros, tinha assim duplo poder junto da população, não sendo bombeiro voluntário "normal" tenta ser bombeiro casual nos ínumeros fogos de verão ou inundações no inverno, disponibilizando os meios das juntas (viaturas e homens) para "ajudar no que fizer falta".
Os Bombeiros também são, muitas vezes, habituais companheiros das almoçaradas e patuscadas.
Câmara Municipal - A relação mais importante é, muitas vezes a mais esquecida, talvez pelo facto dos Presidentes de Câmara não alinharem assiduamente em petiscos, almoçaradas e jantares. Os Presidentes de Câmara são quem efectivamente detêm o poder e as câmaras os recursos monetários que as freguesias necessitam para sobreviver, por isso não podem ser ignorados pelos presidentes de junta, que:
1º - Não sendo da côr partidária da respectiva Câmara Municipal, tentam fazer tudo para denegrir a imagem do respectivo presidente, talvez com a recambolesca ideia e obscuro desejo de ascenderem eles próprios á presidencia da Câmara.
2º - Sendo da côr partidária da respectiva Câmara Minicipal, são os testas de ferro avançados dos caciques autárquicos, tudo fazem para engrandecer e elogiar o nome do presidente.
Resumindo isto tudo temos um factor em comum, os petiscos, almoços e jantares onde todos se encontram, é pois de prever que nesses encontros gastronómicos se decida muito da vida social, politica e económica destes meios populacionais de província, o que diz muito do que por lá se passa, só quem vê é que sabe.
Resta referir a falta dos Presidentes de Câmara nos petiscos, almoçaradas e jantares, é que sendo eleitos pelo povo, cultivam a distância e sabem manter as aparências. A seguir ao presidente de junta, que apenas ambiciona a câmara, o presidente de câmara, cliente partidário, ambiciona o Estado, na forma de administração pública, Assembleia da República ou até mesmo o próprio Governo.

sábado, 22 de setembro de 2007

Angola é Nossa

Na sequência dos primeiros acontecimentos em Angola e á ordem de Salazar para avançar «rapidamente e em força», uma marcha marcou os primeiros anos da guerra contra os turras terroristas.
Cerca de um mês após os primeiros embarques (19/4/61 em avião; 21/4/61 em barco), a emissora Nacional (EN) emitia «Angola é Nossa», interpretada pelo Coro e Orquestra da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (F.N.A.T.):
*
ANGOLA É NOSSA
1961, Santos Braga / Duarte F. Pestana
*
Ó povo heróico português
Num esforço estóico outra vez
tens de lutar, vencer, esmagar a vil traição!
Pra triunfar valor te dá o ter`s razão
Angola é nossa - gritarei -
É carne, é sangue da nossa grei,
sem hesitar pra defender, é pelejar até vencer!
Ao invasor castigar co`o destemor
ancestral, deter, destroçar!
Vencer, escorraçar!
E gritar: Angola é nossa
Angola é nossa
É nossa, é nossa
Angola é nossa!
Angola é Portugal!...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Instrucção Básica


O Pai e a Família

«Foi em volta do velho tronco a arder que os primeiros homens, impelidos pelo inverno e pela noite, se reuniram em fraternal convívio, criando-se aquele ambiente de mútua simpatia que é o doce alvorecer da vida social.
Na carícia do lume, na confiança inspirada pelo número, as primeiras almas entreolharam-se, já sob o dominio identidade natural que as casava.
O fraterno amor nasceu com a chama protectora do velho tronco a arder, no gelo dos meses invernosos e das trevas primitivas. Ainda hoje, ao canto da lareira, nas noites de Dezembro, sentimos o calor alegre do lume dar aos nossos nervos irritados pelo frio, aquela domesticidade que outrora, no mais negro Passado, alumiou o indeciso nascer da Humanidade. A mulher casual tornou-se a companheira, e o homem viu formar-se o primeiro núcleu humano, onde a sua pessoa individual começou a romper os seus limites egoístas.
Era já o Pai e a família, o alicerce eterno de uma Pátria, a origem eterna da Arte, da Poesia, da Ciência, da Agricultura, da Indústria, da Civilização, enfim.


O bom português deve cultivar a sua vida de Família.

O "pater familias", o Pai, é já, na verdade, um ser que excede o indivíduo. A sua existência sobe de natureza enquanto sintetiza a tradição e a esperança da Família. Traduz, numa unidade moral, a vida da Esposa e dos Filhos, de modo a tenderem todos para um mesmo fim superior e nobre, pelo culto das virtudes dos Antepassados e pelo trabalho criador do futuro.

O Pai é já um ser espiritual, e a Família deve constituir uma pequena Pátria. Não tem ela as suas tradições e aspirações? E tem a sua alma, a sua personalidade própria, a sua raça, enfim.

Por isso, deveria, como Pátria, estar ligada indossoluvelemente a um certo território, a um certo país com a sua capital, a velha casa, entre as velhas árvores, onde o Pater, o Chefe do pequeno Estado, viveria, sob a sombra tutelar de venerandos Fantasmas avoengos.

Essa terra e a sombra dos Avós formariam a base pepétua da Família. Suceder-se-iam, sobre essa terra, as gerações, deixando, nela, quais memórias, o seu amor e o seu trabalho, corporizados em obras novas, em acréscimo de riqueza.»

Teixeira de Pascoaes

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Navios Portugueses - Duque de Saldanha

O vapor Duque de Saldanha foi construído em Inglaterra e serviu na Armada entre 1852 e 1854, ano em que se perdeu por encalhe na Torreira.
DESLOCAMENTO - 606 tons.
PROPULSÃO - 1 máquina de baixa pressão - 2 rodas de pás laterais
VELOCIDADE - 10,5 nós
GUARNIÇÃO - 75 homens

Tributo a Colin McRae

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Vamos salvar o Lince Ibérico


O primeiro centro de reprodução de Lince-ibérico (Lynx pardinus) em Portugal deverá abrir as portas no início de 2009, em Silves. A ministra espanhola do Ambiente, Cristina Narbona, e o ministro português Francisco Nunes Correia, assinaram dia 31/08/07, em Lisboa, um acordo de cooperação, no âmbito do qual Espanha se compromete politicamente a ceder animais a Portugal.
Só é pena e de lamentar o facto de estarmos dependendes de Espanha nesta matéria, o Lince Ibérico é património natural comum aos dois países e há muito que devia ter sido devidamente estudado e protegido, tanto em Espanha, onde já o é há muitos anos, como também em Portugal onde os efectivos desta espécie há muitos anos que deixaram de ser avistados.
Saúdo a intenção governamental, no entanto apenas acreditarei quando ver pelos meus próprios olhos!

Sitios de Interesse:

Testemunhos

«Salazar impõe-se naturalmente, e impor-se-á cada vez mais com o rodar dos tempos, á medida que assenta a poeira das paixões, serenam os espíritos e avultem ainda mais as lições dos acontecimentos por ele tão percutientemente antevistos. São, aliás, numerosíssimos e impressivos os depoimentos de prestigiosas figuras nacionais e estrangeiras em que lhe é prestada justiça. Afiguram-se-me, por exemplo, flagrantes de oportunidade as apreciações que, sobre Salazar, o Prof. António José Saraiva faz no jornal Expresso, de 22 de Abril de 1989:
Num primoroso artigo, o autor da História da Cultura em Portugal ai fala dos Discursos e Notas de Salazar, «pela limpidez e concisão do estilo, a mais perfeita e cativante prosa doutrinária que existe em Língua Portuguesa, atravessada por um ritmo afectivo poderoso» e, assim, «por esse lado, merecedora de um lugar de relevo na nossa História da Literatura (e só considerações de ordem politica a têm arredado do lugar que lhe compete)»; aí acentua que «Salazar foi, sem dúvida, um dos homens mais notáveis de Portugal, possuindo uma qualidade que os homens notáveis nem sempre têm - a recta intenção», «além de qualidades de administrador miraculosamente raras junto a uma igualamente integridade»; e aí se lembra que, graças a Salazar, «se conseguiram coisas inconcebíveis, como a neutralidade na II Guerra Mundial» e se «conseguiu também, e pela primeira vez desde Pombal, pôr fim á tutela inglesa, que fora confirmada com sangue na Primeira Grande Guerra».
E a concluir, o Prof. António José Saraiva assinala: «E hoje vemos, com dura clareza, como o periodo da nossa História a que cabe o nome de Salazarismo foi o último em que merecemos o nome de Nação Independente. Agora em plena democracia e sendo o povo soberano, resta-nos ser uma reserva de eucaliptos para uso de uma obscura entidade econónica europeia que tem o pseudónimo de CEE.»
Ao ler estas palavras pungentemente verdadeiras de alguém cuja probidade e independência de espírito estão fora de toda a discussão, acodem-me à memória estas outras palavras de Salazar, de 1946, terrivelmente proféticas: «Tempos houve em que os Portugueses se dividiam acerca da forma de servir a Pátria. Talvez se aproximem tempos em que a grande divisão, o inultrapassável abismo há-de ser entre os que a servem e os que a negam.»
Henrique Veiga de Macedo
Ministro das Corporações e Previdência Social (1955-61)

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Navios Portugueses - Restaurador Luzitano


A galera a vapor R. Luzitano chegou a Lisboa procedente de Inglaterra a 12/4/1824. Fretada pelo governo de D. Miguel, e naufragou a 11/9/1832 ao largo de Aveiro, quando seguia integrada numa esquadra.
*
DESLOCAMENTO - 126 tons.
DIMENSÕES - 34,96 * 6,8 * 3,9 (P) metros
ARMAMENTO - 6 peças
PROPULSÃO - 1 máquina de baixa pressão de 100 h.p. 2 rodas laterais
DIMENSÕES - 8 nós
GUARNIÇÃO - 100 homens

Uma questão de Tomates

Angela Merkel recebe o Dalai Lama em Berlim

Ao contrário do seu homólogo Português, chanceler Alemã, Angela Merkel, vai receber o Dalai Lama, oficialmente, dia 23 de Setembro.
É um sinal evidente que Berlim não pactua activamente, como outros governos europeus, com o regime chinês.
Angela Merkel devia explicar ao ministro dos negócios estrangeiros português, Luis Amado, o porquê de ser tão óbvio receber o lider Tibetano
É caso para dizer que a senhora Merkel parece que tem no sitio o que os seus colegas europeus não têm, isto afinal é tudo uma questão de ter ou não ter tomates!

Plano Tecnológico


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Até sempre campeão

Colin McRae - O último despiste
*

1968 - 2007

Como grande apreciador de desportos motorizados que sou não posso deixar de estar enormemente triste com a noticia da morte de um dos meus pilotos favoritos e uma dos melhores de todos os tempos, Colin McRae morreu no passado dia 15 de Setembro vitima de acidente de helicóptero.

Lembro a espectacularidade da sua condução que eu tanto admirava e que em parte me fez enveredar também pelo fantástico mundo dos ralis e dos desportos motorizados.

Até sempre campeão!

sábado, 15 de setembro de 2007

As bases

«Apenas conta, hoje, o trabalho daqueles que se sabem manter no cume: firmes nos princípios; inacessíveis a todo o compromisso; indiferentes perante as febres, as convulsões, as superstições e as prostituições, ao ritmo das quais dançam as últimas gerações. Apenas conta a resistência silenciosa de um pequeno número, cuja presença impassivel de "convivas de pedra" permita criar novas relações, novas distâncias, novos valores, para criar um pólo, não impedindo, é certo, este mundo de desenraizados e agitados de ser o que é, permitirá, todavia, transmitir a alguns a sensação da verdade, sensação essa que será talvez também o despoletar de alguma crise libertadora.»
Julius Evola, Revolta contra o mundo moderno (1934)

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Por um futuro mais seguro


quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Uma lembrança para o futuro

As minhas esperanças de futuro são, invarialvelmente, más, sem ambição, até porque fui educado para me contentar com aquilo que se tem, embora nem sempre esta sábia educação funcione já cheguei a uma idade, aquela idade, em que a vida se encarregou de nos ensinar o que precisamos para saber que o futuro que nos espera não será risonho, quer a nível pessoal, quer a nível profissional, e não havendo uma tirada de sorte, daquelas que sempre e apenas acontecem aos outros, já vislumbrei todo o futuro que me aguarda.
Mau grado a lembrança, até porque foi uma tragédia, dou muitas vezes por mim a lembrar o assassinato do saudoso presidente Sidónio Paes na Estação do Rossio naquele malfadado 14 de Dezembro de 1918, morto ás mãos de um revolucionário, de seu nome José Júlio da Costa, que ao contrário de muitas teses conspirativas, não pertencia á nenhuma sociedade secreta e apenas fez questão de se deslocar da sua pequena aldeia baixo-alentejana, por sinal bem próximo de onde me encontro a escrever estas linhas, e unicamente com o prepósito de acabar com o regime sidonista acabando com o seu lider, o que conseguiu com dois tiros de pistola, reclamando assim o seu próprio lugar na história.
O que pouca gente saberá são os verdadeiros motivos por trás da acção deste comunista revolucinário, e que foram unicamente a quebra de uma promessa feita pelo regime a José Julio da Costa, mediador entre as autoridades e um grupo de revoltosos anarquistas, de não prender ou deportar os mesmos em caso de rendição numa das muitas revoltas durante o ano de 1918.
Muitas lembranças, poucas conclusões, talvez eu ainda encontre o meu próprio lugar na história, não sei é ainda como, mas as seguintes linhas do mestre Teixeira de Pascoaes também muitas vezes encontram eco no meu íntimo:
«As pessoas de idade, contemporâneas ainda do Zé do Telhado, viviam no terror nocturno dos ladrões. As conversas, na lareira, como vento do inverno a gemer, lá fora, nas árvores, recaíam na história dos assaltos do celebrado bandoleiro, tão vivo naquela sua frase:
Morra um homem, e deixe fama, nem que seja de ladrão!»
Teixeira de Pascoaes - Uma Fábula

Livros - Como se levanta um Estado

Original de 1937, 1ª Edição Portuguesa de 1977
O silêncio forçado e imposto que os sectores politicos dedicam ao homem que presidiu ao destino de Portugal durante tão longo periodo de tempo não deixa de ser ridiculo e apenas revela medo sobre o homem, a sua obra e os sentimentos favoráveis que ainda revela na sociedade portuguesa.
Agora que o tempo permite aos estudiosos debruçarem-se sobre a figura do génio deve-se apoiar e incentivar esse estudo, não devem ser ignoradas as ópticas pelas quais se analisa a sua obra, sejam elas quais forem.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Comovente, Patriótico e Sentido


Esta sim, é a minha selecção, uma selecção representativa do espírito ancestral lusitano, amadores no meio de profissionais, provavelmente sentem a camisola pátria mais do que qualquer uma selecção presente, composta de verdadeiros portugueses encarnam os nossos antepassados, tantas vezes postos á prova em inúmeras batalhas e combates, alguns perdidos e tantos ganhos, mas sempre com a vontade nacional de continuar Portugal.

Lembrando Salazar

«Esta Europa que foi berço de nações e agente missionário da civilização que tão esforçadamente servimos e propagamos afigura-se cansada da sua mesma grandeza, em parte amolecida pelas coisas fáceis da vida. Penso que ela sente demasisado medo da pobreza e do sofrimento, que são afinal a vida. Ora ter medo da vida e ter medo de bater-se para defender a dignidade dessa mesma vida são a maior causa do nosso abatimento e deus queira a não sejam a da nossa perdição.»
*
António de Oliveira Salazar (dum discurso proferido em 8-12/1956)
*
«Não somos nós que temos de desviar-nos do caminho. São os outros.»
*
António de Oliveira Salazar, Agosto de 1963

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Livros - História Trágico-Marítima

*
Bernardo Gomes de Brito nasceu em Lisboa a 20 de Maio de 1688. Vivia ainda em 1759, mas desconhece-se a data da sua morte.
Com aplicação e diligência, Bernardo Gomes de Brito juntou vasta colecção de relações e notícias de naufrágios e sucessos infelizes acontecidos aos navegadores portugueses, dividindo-os em cinco volumes de que só vieram a lume os dois primeiros (o 1º tomo publicado em 1735 e o 2º em 1736), ignorando-se o paradeiro dos outros.
Esta obra, que é muito conhecida, tem por título:
História Trágico-Marítima em que se escrevem cronologicamente os naufrágios que tiveram as naus de Portugal, depois que se pôs em exercício a navegação da Índia

11 de Setembro - Atentado ou conspiração?

*
11/09/2001 - Atentado ou conspiração Politico-Industrial-Militar, os acontecimentos que ficaram conhecidos por 11 de Setembro estão longe de ser totalmente esclarecidos, porém mudaram ao nível mundial toda a vida politica, económica, social, militar e geoestratégica até ai então conhecida.
Para as mentes abertas e não adormecidas sugiro uma visita mais aprofundada a diversos sitios para o conhecimento de diferentes pontos de vista
*

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Estranho Conceito de Felicidade

Anda por ai em exibição uma campanha publicitária de Crédito á Habitação do banco Millennium BCP que é um bom exemplo de perversão e inversão de valores na sociedade portuguesa.

Na dita campanha, cheia de côr, ritmo e juventude, bem ao jeito da neo-escola de marketing e publicidade, o slogan principal é " ....faz como eu, escolhe ser feliz!"
Ora isto é incrivel, como se alguem podesse ser feliz contraindo uma divida para a vida, como são os actuais créditos á habitação que transformaram Portugal no país com mais "proprietários" imobiliarios mas também no país com mais crédito mal parado, com centenas de milhares de familias de corda ao pescoço, algumas delas literalmente, sem poupança, sem fundo de maneio.
Pode ser considerada publicidade enganosa, os sonhos e a felicidade não se vendem, conquistam-se com esforço e trabalho.
Nunca recorri a créditos, penso que o meu débil sono não iria resistir a uma tamanha agressão de consciência, saber-se que se tem uma coisa, casa, carro, ou qualquer outro objecto, mas que na verdade aquilo não é nosso na realidade, é assim como uma realidade virtual controlada não por nós, mas por factores externos que condicionam as existências.
E isto sem falar no vergonhoso e irresponsável crédito ao consumo, com juros na ordem dos 30%, amplamente divulgado e á disponibilidade dos que querem férias, electrodomésticos, mobiliário e toda a panóplia de objectos e desejos pessoais, este tipo de crédito e as empresas que o divulgam e concedem deviam ser permanentemente encerradas e proibidas de operar em território nacional.
Estranho conceito de felicidade aquele que considera dividas bancárias a felicidade garantida.

A Arte de Ser Português II

Carácter e Personalidade
«...O carácter é a expressão total das qualidades, conservadas e transmitidas pela herança e tradição, que definem uma Raça.
A sua actividade visa um fim social, económico, religioso, artistico, etc.
Quanto estas qualidades, são as próprias da Raça que devemos cultivar. Não há maior erro que a pretendida substituição das qualidades próprias por aquelas de admiramos nos outros povos. Destruímos por completo o nosso carácter e adulteramos, em nós, o que há de bom nos estrangeiros. Não troquemos a nossa figura pela máscara importada.
Ao espírito simiesco, de imitação, oponhamos o espírito de iniciativa criadora.
Mas temos nós qualidades próprias? Responde afirmativamente a nossa história oito vezes secular; a nossa história religiosa, astistisca, politica, jurídica e literária.
As qualidades próprias (o carácter) fazem a Raça, como dissemos; e esta, por sua vez, dá horigem à Pátria.
Uma Raça independente, sob o ponto de vista político, é uma Pátria.
Há muitos povos independentes que constituem Reinos, Nações, Impérios, mas não uma Pátria. A Àustria, por exemplo, é uma Administração, conforme lhe chamava Mazzini.
Queria ele dizer que lhe faltavam as qualidades próprias que definem a Raça.
Os Estados Americanos representam Pátrias ainda em Formação. É natural que, sob a influência dos séculos e do meio, começem a criar e a fixar um certo número de qualidades originais que os tornem verdadeiras Pátrias, no futuro.
A Raça portuguesa, antes de ser uma Pátria e mesmo nos primeiros tempos de independência, vivia como latente e diluída nos outros povos da Ibéria. Mas o esboço primitivo definiu-se e a nítida figura apareceu. A Lingua e os sentimentos por ela traduzidos cristalizaram, destacando-se, em alto relevo, da confusão originária.
E Portugal é uma Raça contituindo uma Pátria, porque adquirindo uma Língua própria, uma História, uma Arte, uma Literatura, também adquiriu a sua independência politica.
Teixeira de Pascoaes
A arte de ser português

Curso a sério

«...Marques Mendes tirou um curso a sério......(...) na universidade de Coimbra...»
Marcelo Rebelo de Sousa, na RTP, comparando Marques Mendes com José Sócrates

sábado, 8 de setembro de 2007

António Sardinha - Aniversário do seu Nascimento

*
09/09/1888 - 10/01/1925
*
« O que se nos impõe é restituir à Pátria o sentimento da sua grandeza - não duma grandeza retórica ou enfática, mas naturalmente, da grandeza que se desprende da vocação superior que a Portugal pertence dentro do plano providencial de Deus, como nação ungida para a dilatação da Fé e do Império. Dilatar a Fé e o Império, equivale a sustentar o guião despedaçado da Civilização. Os motivos de luta e de apostolado que outrora nos levavam à Cruzada e à Navegação, esses motivos subsistem»
*
António Sardinha (Ao Princípio era o Verbo - 1924)

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Livros- A História Secreta da SS

Editora Esfera dos Livros
Acabadinho de chegar, leitura certa no fim-de-semana!!

Navios Portugueses - O Infante D. Henrique

*
Esquecido pelos Portugueses, ignorado pelo estado, o paquete Infante Dom Henrique morreu sozinho em Barcelona
*
Esta é a história de um navio que outrora foi o navio almirante da nossa frota de Marinha Mercante, refiro-me , como não podia deixar de ser ao "Infante".
Vivemos num pais de imensa tradição marítima, mas onde apenas nos preocupamos com futebol ou com escândalos políticos e nada fazemos para salvaguardarmos o que culturalmente nos pertence ou pertenceu. Tudo isto é absurdo, porque não podemos pensar no futuro sem salvaguardar o passado. A infame revolução de Abril de 74 deu a machadada final e nos anos que se seguiram ao terrível dia a maioria dos navios que compunham a nossa imensa frota marítima, quer de guerra quer mercante, foi vergonhosamente abatida ou doada aos movimentos terroristas nas nossas províncias africanas.
Poucos foram os casos em que entidades públicas e privadas portuguesas se esforçaram por concretizar actos de conservação do nosso património. Recordo-me apenas de uma pessoa, do almirante Andrade e Silva, que dos restos da madeira queimada da velha fragata D. Fernando II e Glória, fez renascer uma nova embarcação, de traça fiel ao original, e que hoje me leva a recordar como seriam e o que seriam naqueles tempos as viagens marítimas para a Índia Portuguesa. O que digo não é descabido, lembro, por exemplo, uma das rainhas do mar, que fazia a carreira Southampton - Nova Iorque, é hoje além de hotel e museu, um centro de diversões e eventos de Miami. Falo, obviamente, do "velho" «Queen Mary» da Cunard Line, que muitas vezes escalou Lisboa.
Mas falemos do que interessa, o destino do Infante D. Henrique já estava marcado. Segundo as crenças de quem anda e navega pelo mar, nunca se deve mudar o nome aos navios, porque dá a azar. Quem sabe se não foi o facto do "Infante" ter mudado de nome três vezes que traçou o seu destino.
É muito nostálgico falar do navio que teve o nome do homem que iniciou a diáspora dos portugueses pelo mundo.
O "Infante D. Henrique" foi o sonho do armador Bernardino Corrêa, o pai da Companhia Colonial de Navegação, que nunca o chegou a ver. Foi construído na Bélgica nos estaleiros da Jonh Cockeril, em Hobboken, e a 21 de Setembro de 1961 entrou na barra de Lisboa embandeirado em arco, iniciando assim um serviço promissor para a Marinha Portuguesa. Com a sua aquisição fechou-se o ciclo de renovação da frota, iniciada ao abrigo do chamado despacho 100, elaborado pelo então Ministro da Marinha, Américo Thomaz.
Em poucas palavras, vou contar a história deste navio com o objectivo de relembrar e homenagear todos aqueles que nele viajaram e trabalharam durante as viagens de e para África, até a imobilização final no Mar da Palha, em 1977.
Era um navio de linhas elegantes e concepção avançada, com 195,50 m de comprimento, 24,5 de boca e 24.000 toneladas de deslocamento. Aquando do lançamento do casco de côr cinzento esverdeado, a côr tradicional da CCN, foi utilizada uma garrafa de vinho do Porto, cuja marca ninguém sabe. Talvez um «Porto Ferreira», em vez da tradicional garrafa de champanhe. A madrinha foi a esposa do administrador da companhia, que na altura, rezam os manuscritos, era José Soares da Fonseca .
Na época foi bastante criticado por ser bom demais e era o maior navio de passageiros da carreira de África.
Em qualquer porto era motivo de atracção e registo. A sua imponência e o perfil majestoso despertavam o interesse de todos os curiosos. Era um excelente embaixador português á semelhança do navio-escola Sagres.
Já o então Presidente da República, o Almirante Américo Thomaz, gostou tanto do navio que no dia seguinte á chegada a Lisboa voltou a visitá-lo, segundo as crónicas da época. No interior, era um excelente navio, de um luxo impressionante. A decoração foi entregue a decoradores e artistas portugueses sob a responsabilidade do arquitecto José Manuel Barreto. Funcional e moderno, a luz privilegiava a amplitude dos espaços, o que tornava o navio mais bonito.
Uma estátua de bronze revestida a Ouro, do escultor Álvaro Brèe, perpetuava a figura do Infante, tendo como fundo um fresco representando o planisfério de Mecia de Viladestes, no vestíbulo da 1ª Classe. Na véspera do 5 de Outubro de 1961, com lotação esgotada, o Infante D. Henrique fez-se ao mar, dando inicio á sua primeira Viagem pelo Império português no continente africano.
O navio era movido por dois grupos de turbinas a vapor, que accionavam duas hélices, navegando a uma velocidade de 21 nós. Por cada dia de navegação o Infante D. Henrique consumia 150 toneladas de fuel e 200 de água. Um sistema de estabilizadores avançado neutralizava o balanço provocado pela ondulação em dias impróprios para os mais sensíveis passageiros. Dispunha de ar condicionado em todos os compartimentos e zonas de lazer, assim como um moderníssimo sistema de navegação e comunicações e de combate a incêndios.
Tinha capacidade para 1018 passageiros distribuídos por três classes: 1ª Classe, Turística e Turística B.
Além de quatro grandes salões e bares, o Infante D. Henrique dispunha de dois restaurantes, biblioteca, sala de leitura, sala de escrita e duas salas para crianças, cabeleireiro, hospital e duas capelas, cujos altares foram fabricados com pedra do promontório de Sagres. Impressionante no mínimo !
De 1961 a 1976, efectuou inúmeras viagens ao continente africano como navio de transporte de passageiros, realizou vários cruzeiros e transportou o Presidente da República Américo Thomaz em viagens oficiais.
Com a infame revolução de Abril e devido á situação politica na províncias Portuguesas, as viagens alteraram-se radicalmente. Ou seja, o navio quando rumava para Sul, viajava completamente vazio e regressava cheio de espoliados e refugiados fugidos ao terroristas separatistas a quem os traidores entregaram as nossas províncias africanas.
Realizou o seu último cruzeiro ao Funchal de Dezembro de 1976 a 3 de Janeiro de 1977, ficando fundeado no mar da Palha até Maio de 1977, ano em que o GAS ( Gabinete da área de Sines) o adquiriu para acomodar alguns dos milhares de trabalhadores do complexo da área de Sines. Foi colocado numa lagoa artificial tornando-se uma presença bizarra e cara por terras alentejanas, degradando-se rapidamente.
Ao contrário do que acontecera a outros navios portugueses, cujo o fim era Kaohsiung, o cemitério de navios para a sucata, na Ilha Formosa, no ano de 1986, com o crescimento do mercado de cruzeiros no mundo, o armador grego George Potamianos adquiriu-o e transformou-o num paquete de luxo. Totalmente renovado interiormente, mantendo as linhas clássicas, o navio chegou a Lisboa em 1988, com o nome de «Vasco da Gama». Potamianos fez renascer este navio que, durante seis anos, realizou cruzeiros nas Caraíbas e deu a volta ao mundo por diversas vezes. Continuou a ser motivo de admiração e registo em qualquer porto a que aportava.
Em 1994, foi vendido á Premier Cruises, companhia americana, para cruzeiros nas Caraíbas. No ano 2000, ficou sedeado na Europa, em Barcelona, para cruzeiros no Mediterrâneo, mas sem grande sucesso, devido á forte concorrência de outras companhias, como a Costa Crociere, o que provocou, uma vez mais, a sua imobilização. Por falência da companhia e por ordem da Autoridade do Porto de Barcelona, o navio ficou arrestado nesse mesmo ano. O seu último comandante foi Amadeu Albuquerque.
Durante três anos permaneceu acostado ao molhe norte do porto de Barcelona aguardando que alguém novamente o pusesse a navegar pelos quatro cantos do mundo ou simplesmente o adquirisse para o tornar num ex-libris. Encontrava-se em excelentes condições podendo assim navegar por mais uns 40 anos, mas a má sorte bateu de vez à porta e resta-nos apenas recordá-lo com orgulho e muita saudade.
Viverá sempre na memória do verdadeiro Portugal marítimo .
Adeus Infante !
Manuel João Santa Clara

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Do tempo dos meus pais

*
Ensino Primário
Livro de História de Portugal de meu pai

Na beira da cadeira

«Minha avó materna lembra-me sempre a minha prima Vitória....só de nome, por ironia do Destino.
Órfã, sem fortuna, e nova ainda, acolheu-se à protecção de meus avós maternos. Aparentava quarenta anos, quando eu contava apenas dez.
Fazia meia, rendas, pastéis de Entrudo, trabalhava o dia inteiro. Orgulhosa, queria merecer o que recebia: vestuário, cama e mesa, onde jantava connosco e almoçava.
Numa atidute constrangida, sentava-se na beira da Cadeira, para a não possuir completamente. Não se julgava digna de tal posse!»
Teixeira de Pascoaes "Uma Fábula"
Ao ler estas singelas palavras do mestre Pascoaes visualizo sempre na minha imaginação a Assembleia da República Portuguesa, com todos os deputados sentadinhos nas beiras das suas cadeiras, os ministros do governo, sentadinhos mesmo na beirinha das suas cadeirinhas, se fossem honestos saberiam que não são dignos delas, não as mereceram, não as merecem nem nunca farão nada por merecer as cadeiras onde, de quando em quando, sentam os bovinos rabos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Boas noites sem TV

Tenho resistido sempre á abertura por parte do meu aparelho de TV á invasão do cabo, quer por aqui chega via satélite, mantenho-me fiel aos quatro canais generalistas e contento-me com a paupérrima programação exibida servindo até para me divertir nas horas vagas.

Preferia as madrugadas para, nas intermináveis insónias crónicas, rever as boas séries que ainda vão aparecendo e um ou outro filme de qualidade que as TVs faziam questão de apenas passar em maratonas a horas proibidas para quem tem o sono como certo.
Ora agora os tempos são outros, de repente tudo mudou, para pior, claro está que isto por cá nada muda para melhor, as boas madrugadas televisivas desaguaram agora em programinhas, que, encobertos pela oferta de dinheiro aos noctivagos que respondam a questionários duvidosos, apenas têm como objectivo encher as contas bancárias das estações emissoras.
Os apresentadores e apresentadoras destes logros televisivos aplicam as mais desmedidas verborreias ao tentar convencer os espectadores a telefonar, e esses telefonemas podem explicar-se apenas pelo fascinio que a beleza do horror provoca actualmente á maioria da população.
Os programas funcionam, eventualmente, como estímulo para os mais obscuros desejos, se forem vistos sem som, aproveitando apenas as "linguagens" gestual, e sobretudo, corporal, das apresentadoras.
Agradeço por isso ás TVs portuguesas as boas noites de leitura e de sono que me têm proporcionado desde que tal programação começou a ser exibida.
Ai que saudades da Mira Técnica da RTP......

Livros - O Fascismo


terça-feira, 4 de setembro de 2007

E continua o Plano Tecnológico....

Desta vez são os agricultores os beneficiados com as novas tecnologias do celebérrimo plano tenológico do nosso muy amado governo PS, os tradicionais tractores agricolas vão ser abandonados e trocados a custo zero por alguns milhares de Audis Allroad para acabar de vez com as deficiências na agricultura portuguesa, agora é que é:

A lei suprema da vida Pátria

"Observando agora o processo por que os seres se perpetuam e progridem, vemos que os imperfeitos representam transições para os mais perfeitos. O perfeito alimenta-se do imperfeito. O superior vive do inferior.
A lei suprema da vida, é, portanto, a lei do sacrificio das formas inferiores ás superiores.
Até no mundo físico se revela tem nome da gravidade. O corpo menor é atraido pelo maior. Atrair é viver; ser atraido é morrer. O pequeno corpo atraído perde-se, morre no grande corpo que atrai....
Os seres não realizam em si o seu destino, mas naqueles a que sacrificam a sua existência.
O rio é a morte de muitas fontes e o mar é a morte de muitos rios; mas o rio no mar é mar. A consciência humana é também a morte, o sacrifício de muitas vidas animais e vegetais inferiores a ela.
Assim o indivíduo sacrificado à Pátria fica também a ser Pátria.
Cumpriu a fonte o seu destino, tornando-se tio, o o rio tornando-se mar e o indivíduo tornando-se Famía, Pátria, humanidade, subindo da sua natureza individual e a nima à perfeita natureza do Espírito.
A lei suprema da Vida, é a lei do sacrifício. Ela rege a própria harmonia universal. Se desaparecesse, o mundo voltaria aos caos.
O português, ser individual e humano, deve sacrificar a sua vida à Pátria portuguesa - ; ser espiritual e divino.
Não é só nos campos de batalha que o indivíduo cumpre a Lei suprema. Também a cumpre amando e trabalhando como chefe de Família, como Patriota e como homem, a favor da Família, da Pátria e da Humanidade.
A lei do sacrifício é, portanto, a lei do amor e do trabalho.
Dar sentimento natural desta suprema aos portugueses, estabelecer estre eles e o seu destino uma perfeita concordância, isto é, elevá-los a esse estado de alma, chamado heróico (morrer pela Pátria, amar e trabalhar), (.......).
Há momentos em que o sentimento de obediência á Lei suprema desfalece, pondo em perigo a independência de uma Raça, a qual se firma, a todo o instante, no esforço comum dos indivíduos que a compõem. Assim uma esgotada terra definha as árvores, as vidas superiores, que dela de alimentam....
É preciso, portanto, fortalecer e animar a alma dos portugueses, para que a Pátria, que deles depende, ganhe novas energias e virtudes.
Sem acção moral pode haver existência, mas não há vida. E a própria acção material, não sendo espiritualmente orientada, esteriliza-se.
A Pátria, ser espiritual, está intimamente ligada à Humanidade. Está para a Humanidade, como o indivíduo para a sociedade. Tentrar destruí-la é um absurdo, como querer tornar os homens iguais, metendo-os à força dentro damesma forma jurídica. A lei escrita não pode revogar o que a Vida legislou."
Teixeira de Pascoaes

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Imponham-se regras duras

Acerca da recente "mostra" da criminalidade nocturna na cidade do Porto, com várias pessoas mortas, apenas amplamente divulgada a partir do momento da morte a tiro de um dos "empresários da noite", e acerca deste nome (empresário da noite), este é mais um dos novos nomes para designar e branquear antigas actividades criminosas sem nome certo, venho reflectir sobre a actual vida nocturna portuguesa
Ao que parece todos sabiam e ninguém fazia nada, estalou a guerra entre as diferentes facções de uma espécie de máfia nortenha do submundo das discotecas e casas nocturnas de “diversão”, não será alheio a isto tudo, ameaças, extorsões e assassinatos, a proliferação no nosso país de inúmeros indivíduos e grupos organizados de imigrantes, legais e ilegais, ligados a organizações criminosas estrangeiras, de leste principalmente, neste tipo de acções, a componente operacional das mesmas faz supor isso mesmo.
Tudo isto é muito simples de controlar, todas as discotecas e casas de diversão nocturna deviam ser permanentemente encerradas e todas as licenças revogadas, todos os “empresários da noite” deviam ser investigados e efectuariam-se buscas a todas as casas particulares ligadas a este tipo de pessoas.
Todas as empresas de segurança ligadas a actividades nocturnas deviam ser encerradas e investigadas e todos os seus colaboradores alvo de investigações sobre as suas vidas privadas, passado e presente.
Tudo isto parece apenas a ponta de um enorme icebergue profundamente enterrado na noite portuguesa de algumas cidades, felizmente apenas algumas, as maiores, Lisboa e Porto.
Tudo isto deixa suspeitas sobre o real envolvimento de casas deste tipo, Discotecas, Casas de Alterne, Bares e Restaurantes no tráfico de droga, armas, tráfico de mulheres, imigração ilegal e um sem número mais de actos e actividades ilegais que é imperativo parar, assim houvesse vontade politica, que não há, e não há porque todas estas actividades, com a sua fachada legal e devidamente autorizada pagam impostos, muitos impostos, altos impostos, contribuindo assim para a sua protecção por parte do governo instituído e dos sistema imposto onde os ricos e poderosos serão sempre protegidos e apenas a arraia miúda é apanhada nas redes das patéticas PSP, GNR e PJ.
Basta ver as medidas tomadas a seguir á morte do tal “empresário da noite”, operações Stop e fiscalização das papeladas de algumas discotecas no Porto, ora quem pagou com isto foram apenas alguns incautos cidadãos noctívagos que lá tiveram de ir ao balão e á nova “chupeta” Anti-Drogas da GNR e PSP, tudo com a respectiva cobertura televisiva conforme manda a propaganda oficial do PS e do Governo.
Medidas de fundo, detenções concretas, nem vê-las, os autores continuam e continuarão a monte enquanto a política frouxa, (frouxa apenas para alguns) dos ministérios da Administração Interna e Justiça continuarem a dar mais atenção a burocracias e deixarem as demonstrações de força escondidas por trás da cobardia dos ministros.
Relembrando o Dr. Salazar, "deve o estado ser tão forte que não precise de ser violento", eu acrescento que se tiver de ser violento contra este tipo de acções e actividades, assim como na recente destruição do campo de milho em Silves, que seja e com eficácia reconhecida.

Vanessa, com Pequim no Horizonte

A portuguesa Vanessa Fernandes sagrou-se dia 1 de Setembro, em Hamburgo, campeã do Mundo de triatlo, na categoria de Elites, sendo agora o título olímpico o único que lhe falta no palmarés.


sábado, 1 de setembro de 2007

A mulher, o feminismo e a lida da casa

Tudo o que de bom tinha o antigo Estado Novo sobre a condição da mulher desapareceu diluído nas chamas insanas da revolução e na bebedeira colectiva do PREC, a mulher neste momento em Portugal segue, ou tenta seguir a tendência mundial, que até já foi mais elevada e com mais adeptas e adeptos, da independência feminina sob todas as formas que passam, naturalmente pela antiga reivindicação de igualdade entre sexos que nos últimos anos tem vindo a degenerar em libertinagens, imoralidades e decadência entre o sexo feminino.
Temas como a droga, nas suas variadas faces, divórcio, sexualidade, aborto, amor livre, filhos, independência financeira , homossexualidade feminina, vestuário, emprego, carreira, etc, etc…. tudo serve para lutar por ideais que há partida apenas fazem sentido ás mulheres, pelo menos a algumas, (e estou a pensar concretamente nas activistas de um determinado partido) e nas cabecinhas de alguns homens de sexualidade duvidosa com os neurónios queimados pelo consumo de “cigarrinhos de enrolar” e substâncias afins.
Actualmente o feminismo exacerbado transformou as activistas e simpatizantes por este tipo de ideologia e movimento em idiotas Anti-Homem, mulheres que perderam o sentido de estar em sociedade, perderam o lugar, marginalizadas, entre os homens.
A Mulher não é igual a homem. Nem deveria ser. É o maior erro essa ideia de querer igualar as mulheres e os homens; qual é a graça, qual é o sentido disso? A emancipação da mulher foi um dos piores erros do passado.
Eu acho ridículo e revoltante quando uma mulher diz que não sabe lavar, não sabe cozinhar, não sabe passar roupa, arrumar, limpar pó, etc…..em suma, não gosta de cuidar da casa. O "cuidar da casa" é uma característica biológica, antropológica: a fêmea da espécie cuida do ninho; as mulheres das cavernas ficavam na caverna, mantinham o fogo aceso, enquanto os homens saiam à procura do alimento.
A "libertação feminina" é uma grande anedota. Disseram que "agora sim podemos fazer o que quisermos"; sempre e quando o que queiramos siga os moldes e modelos do mundo masculino. E as mulheres acreditaram. E assim o fazeram: tentam sempre esconder suas emoções, não depender de ninguém, ser tão boas no que fazem, quanto os homens com os quais competem.
Renegam de tudo o que seja intrínsecamente feminino: a sensibilidade, as lágrimas, a intuição, a necessidade de protecção, o cuidado da casa, a cozinha.
Hoje em dia, cuidar da casa é coisa vista como degradante; ser dona de casa é simplesmente vergonhoso. Se a mulher é uma "do lar", em vez de aproveitar as possibilidades que o mundo lá fora oferece - trabalhar, competir, fazer carreira, ganhar dinheiro - essa mulher é, erradamente, rotulada de retrógrada, reprimida, burra, etc.
O que essas mulheres não vêem é que cuidar da casa, transformar uma casa num lar, é uma das ocupações mais nobres que se pode ter. Há algum tempo eu li num livro uma frase que até hoje me encanta: "Se transformar uma casa em um refúgio terreno para a alma não é um trabalho sagrado, então não sei o que é."
É impressionante como o efeito que o lar - um verdadeiro lar, não simplesmente um lugar onde comer e dormir - tem sobre a alma, a conexão entre o lar e a felicidade são um facto ignorados pela maioria das pessoas.
Lar é refúgio, onde o ser humano se recupera das agressões e das feridas do "mundo exterior". O lar é o nosso paraíso particular, onde se está à salvo, onde a familiaridade das coisas que nos rodeiam nos reconforta, onde se encontra descanso não só para o corpo mas também para a alma.
Eu realmente acredito que a criação e a manutenção de um lugar assim é um trabalho sagrado, e tenho a maior alegria por ter encontrado uma mulher assim, uma companheira, que o faz com dedicação ao seu marido e companheiro bem como ao seu filho.

Decálogo do Estado Novo


Datado de 1934, este documento, da responsabilidade de António Ferro, sintetiza em dez pontos os princípios basilares do regime. António Ferro, jornalista e político, seria uma das personagens centrais da propaganda do novo regime, nomeadamente durante o período (1933-1950) em que assumiu a chefia do SNI - Secretariado Nacional de Informação.

1. "O ESTADO NOVO representa o acôrdo e a síntese de tudo o que é permanente e de tudo o que é novo, das tradições vivas da Pátria e dos seus impulsos mais avançados. Representa, numa palavra, a VANGUARDA moral, social política.
2. O ESTADO NOVO é a garantia da independência e unidade da Nação, do equilíbrio de todos os seus valores orgânicos, da fecunda aliança de tôdas as suas energias criadoras.
3. O ESTADO NOVO não se subordina a nenhuma classe. Subordina, porém, tôdas as classes á suprema harmonia do interêsse Nacional.
4. O ESTADO NOVO repudia as velhas fórmulas: Autoridade sem liberdade, Liberdade sem Autoridade e substitui-as por esta: Autoridade e liberdades.
5. No ESTADO NOVO o indivíduo existe, socialmente, como fazendo parte dos grupos naturais (famílias), profissionais (corporações), territoriais (municípios ) e é nessa qualidade que lhe são reconhecidos todos os necessários direitos. Para o ESTADO NOVO, não há direitos abstractos do Homem, há direitos concretos dos homens.
6. "Não há Estado Forte onde o Poder Executivo o não é". O Parlamentarismo subordinava o Govêrno à tirania da assembleia política, através da ditadura irresponsável e tumultuária dos partidos. O ESTADO NOVO garante a existência do Estado Forte, pela segurança, independência e continuidade da chefia do Estado e do Govêrno.
7. Dentro do ESTADO NOVO, a representação nacional não é de ficções ou de grupos efémeros. É dos elementos reais e permanentes da vida nacional: famílias, municípios, associações, corporações, etc.
8.Todos os portugueses, têm direito a uma vida livre e digna - mas deve ser atendida, antes de mais nada, em conjunto, o direito de Portugal à mesma vida livre e digna. O bem geral suplanta - e contém - o bem individual. Salazar disse: Temos obrigação de sacrificar tudo por todos: não devemos sacrificar-nos todos por alguns.
9. O ESTADO NOVO quere reintegrar Portugal na sua grandeza histórica, na plenitude da sua civilização universalista de vasto império. Quere voltar a fazer de Portugal uma das maiores potências espirituais do mundo..
10. Os inimigos do ESTADO NOVO são inimigos da Nação. Ao serviço da Nação - isto é: da ordem, do interêsse comum e da justiça para todos - pode e deve ser usada a fôrça, que realiza, neste caso, a legítima defesa da Pátria.".