quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Livros - As Novas Censuras

As técnicas de manipulação de informação empregues quotidianamente sob os nossos olhos são múltiplas e extraordinariamente inteligentes.
Aplicam-se a toda a cadeia de informação. Primeiro, há que esconder a verdade. Se a verdade aparecer, há que fazer pressão sobre os mediadores capazes de a substituir, ameaçá-los, aterrorizálos, seduzi-los, comprá-los.
Se a verdade for difundida pelos media, há que controlar o impacte sobre a opinião e tudo fazer para que não seja ouvida e, sobretudo, para que não crie um emoção popular. Através de exemplos concretos, que narra com a inspiração de um jornalista talentoso, Paul Moreira traça um retrato impressionante deste universo da desinformação.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Somos como somos

O génio lusíada é mais emotivo que intlectual. Afirma e não discute. Quando uma ideia se comove, despreza a dialéctica; e é sendo e não raciocinando que ela prova a sua verdade.

A emoção afoga a inteligência, ultrapassando-a como força criadora. E assim, corresponde à nossa superioridade poética, uma grande inferioridade filosófica. O português não é nada filósofo; a luz do seu olhar alumia mais do que vê; não abrange, num golpe de vista, os conhecimentos humanos, subordinando-os a uma lógica perfeita e nova que os interprete num todo harmonioso.
O português não quer interpretar o mundo nem a vida, contenta-se em vivê-la exteriormente; e tem, por isso, um verdadeiro horror à filosofia, imaginando encontrá-la em tudo o que não entende.
Daí a sua incapacidade construtiva de novas verdades que representam o móbil superior do progresso.
Teixeira de Pascoaes

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Alguém que explique por favor

Se em 2002 um barril de petróleo custava 70 dólares o que equivalia a grosso modo a 77,00 Euros e hoje ele custa 100,00 dólares o que equivale sensivelmente a 70,00 Euros como é que se pode dizer que o petróleo subiu de preço?

Na zona Euro o barril baixou 7 USD, ou estarei enganado?

Como é possível pagarmos mais pelo combustível? Chega de ladroagem!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Outros tempos, a mesma luta

Em 1923, ao aderir à organização Nacionalismo-Lusitano, o iniciado jurava uma proclamação:

«Como português quero que o governo da Nação seja forte e nacional e se liberte das sociedades secretas, das clientelas políticas, dos bandos de especulação responsáveis pela crise nacional; que seja assistido de representação directa das forças sociais da Nação, transformando o actual sistema de representação nacional das forças sociais, municipais e profissionais organizadas; que sejam livres e previligiadas a família, a corporação, o município, a igreja,; que o exército seja fortalecido e dignificado para defesa nacional; que a propriedade seja protegida nos seus direitos e obrigada a cumprir os seus deveres para com a Nação e muito particularmente para com os trabalhadores», comprometendo-se, entre outros princípios, a «colocar-se ao lado de qualquer governo português contra a agressão estrangeira e o bolchevismo», «obedecer ao chefe do Nacionalismo-Lusitano na práctica de todos os actos de serviço nacional voluntário», «fazer toda a propaganda para que os portugueses venham a organizar-se em volta dos princípios do Nacionalismo-Lusitano contra as oligarquias políticas e plutocráticas que tiranizam e aniquilam a Nação»

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Relicários do Quotidiano

Livros - Cecília Supico Pinto

Em 1961, Cecília Supico Pinto criou o Movimento Nacional Feminino. Uma organização independente do Estado que congregava as mulheres portuguesas no apoio moral e material aos soldados que lutavam nas antigas colónias portuguesas.Durante treze anos, Cecília Supico Pinto multiplicou-se em viagens entre a metrópole e as «províncias ultramarinas», ameaçadas pelos movimentos independentistas. Cilinha, como era conhecida, vestiu o camuflado, dormiu em tendas de campanha, esteve debaixo de fogo e embrenhou-se no mato de África, mesmo quando um acidente a obrigou a andar com um pé engessado e de muletas. Tudo em nome de uma missão. Na bagagem levava rações de combate, recordações e histórias pitorescas para contar aos soldados portugueses.Casada com Luís Supico Pinto, homem forte do regime de António Oliveira Salazar, Cilinha uma líder carismática. Salazar, «um verdadeiro príncipe», apreciava a sua alegria, ria-se das suas anedotas, admirava a sua frontalidade e escutava os seus conselhos.Hoje, Cecília Supico Pinto prefere refugiar-se no anonimato, mantendo, contudo, um olhar atento sobre a actualidade. Dona de uma memória invejável, abre nesta biografia as portas da sua vida.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Navios Portugueses - Classe REPÚBLICA

REPÚBLICA (ex. Gladioulus) 1920 - 1943

CARVALHO ARAÚJO (ex. Jonquil) 1920 - 1959
Antigos sloops da Royal Navy, foram construídos em 1916. Adquiridos à Inglaterra e classificados na Armada como cruzadores, e em 1932 como avisos de segunda classe. O C. Araújo foi novamente reclassificado desta vez como navio hidrográfico. Em 1961 foi afundado ao largo de Luanda pela fragata Nuno Tristão.
DESLOCAMENTO: (R) 1258 tons. (C.A.) 1200tons.
DIMENSÕES: (R) 77,7 * 10,2 * 3,1 metros (C.A.) 76,2 * 10 * 3,6 metros
ARMAMENTO: 2 peças de 100mm; 2 de 76mm; 4 de 47mm; 6,5mm(R) , 1 metr. (C.A.) 2 metr.
PROPULSÃO: 2 máquinas de 2 362 H.P. (R) - 2 246 H.P. ( C.A.) 1 veio = 16 nós
GUARNIÇÃO: 149 homens

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O homem português

Novo verbo

Via Reverentia

SOCRATEAR
Em epoka de akordo ortografico aki fika 1 novo vokabulo:
*SOCRATEAR * : Verbo totalmente irregular de estranha conjugação.
1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; disfarçar com a maior cara de pau e cinismo.
2. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; calar.
3. Fingir, simular inocência angelical.
4. Usar a dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia.
5. Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsabilidade.
6. Atingir sempre o amigo ou inimigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes eles que nós).
7. Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmaras e nos olhos das pessoas.
8. Defraudar, iludir.
9. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar que os fins justificam os meios.
10. Viajar com dinheiro publico.

Contra factos não há argumentos







segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O destino de um Infante de Portugal

Ia decidir-se da vida ou da morte do infante. Iam começar as cortes gerais.
Na larga sala da alcáçova, os procuradores da cidade e das vilas do Reino, povo ardente e escuro, a alma rude e antiga de Portugal, ganhavam os seus lugares marcados segundo a precedência das vilas e das cidades, em doze longos bancos. Lá estava, assentado no primeiro banco, orgulhoso do mais nobre lugar, o procurador do Porto, o sapateiro de polaina João Bartolomeu, olhos vivos, raça ardente, barba negra, metida num enorme capuz cor de terra; o de Viseu, que troxera um oleiro moço, lambuzado de barro, as manzorras enormes vermelhas de tinta; um ferreiro negro de Portalegre, chamuscado da forja e os outros, e todos.
O sol jorrava agora sobre os bisbos e arcebispos, que vinham entrando. Veio então a nobreza: os infantes; títulos, cavaleiros, senhores de terras, escuros, torvos, e por fim, rodeado de doutores, de cónegos, de frades, D. Duarte surgiu ante o assombro consternado dos procuradores do povo, que perguntavam uns aos outros de pescoços estendidos, de olhos redondos de espanto, se aquela sombra dolorosa e devastada seria o Rei de Portugal.
Na alma angustiada de D. Duarte, uma esperança nascia agora. Talvez aqueles duros arcaboiços se apiedassem; talvez o povo sentisse fundo no seu coração, que a vida de um Infante de Portugal valia bem o montão de pedras duma cidade.
Ao pé do Rei, Fernão Lopes, que fora escrivão do Infante D. Fernando, o velho Gaspar Vasques, seu capelão e seu amigo, choravam em silêncio. Um asa negra de morte pairava sobre todos os corações. Ouvia-se uma mosca que passasse, quando Fernão Guerra, arcebisbo de Braga ergueu a voz. Falava em nome da fé; falava em nome de Deus:
- Não; o Rei não podia entrgar Ceuta. Ceuta era um bispado; Ceuta estava coalhada de igrejas; Ceuta tinha ainda mais cruzes do Redentor do que pedras-de-armas de Portugal. Nem o Rei, nem as cortes podiam, num voto que seria um sacrilégio, arrasar essas cruzes, profanar esses templos, vender Cristo pela segunda vez.
E enquanto o arcebisbo se sentava, erguia-se já o moço conde Arrailos, duro, trigueiro, terminante, olhos fuzilando, a bradar, de braços levantados:
- Vergonha de perdição!
Quem falava em comprar vida com honra? Onde estava ai a vida de homem, que valesse uma pedra de Ceuta? Quem dera já uma cidade por esse fumo de estopa que é a vida? Queriam salvar o Infante? Pois bem: que fossem todos - e ele iria com eles! - arrasando Tânger, conquistando Arzila, mordendo sangue e pó, arrancá-lo ao coração de Fez! Era assim que se salvava o filho dum Rei; era assim que se remia um Infante cativo de Portugal, - e não cobrindo-o de lama, de desonra e de tristeza!
- Vergonha de Perdição! Vergonha de perdição!
Agora falava já o povo. Era um procurador do Porto, mestre de polaina João Bartolomeu, que trovejava, o capuz negro derrubado sobre os ombros, a manzorra escura no ar, um soluço a apertar-lhe a garganta:
- Senhor Rei! Mandai-me a mim, mandai-nos a todos nós a morrer no lugar do senhor Infante, mas guardai Ceuta!
Um mermúrio aflitivo subia das bancadas do povo, da primeira à última, do Porto a Portel, rouco estrangulado, devorado de lágrimas:
- Guardai Ceuta! Guardai Ceuta senhor Rei! Guardai Ceuta senhor Rei!
Muitos deles, ferreros, oleiros, calafates, crânios negros e curtos, testas baixas e rudes, não saberiam dizer talvez, se lhes perguntassem porque razão devia conservar-se Ceuta na Coroa Portuguesa; mas viam, sentiam claramente, pela força do seu instinto, pela violência persuasiva do seu bárbaro amor pátreo, que era preciso conservá-la, sofrendo quem sofresse, pelo preço de todas as torturas, com sacrifício de todas as vidas, porque assim o reclamava o nome de Portugal.
- Guardai Ceuta! Guardai Ceuta!
D. Duarte levantou-se, como um espectro, a fronte banhada dum suor de agonia. Amparam-no frades. Era a sentença de morte do irmão cativo, que o seu próprio sangue confirmava. Um estremeção de horror agitou o corpo vacilante do Rei.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Livros - Tratado das Alcunhas Alentejanas


A alcunha é apanágio da aldeia. Está dito e redito que a vida urbana fomenta relações impessoais, destrói os laços do parentesco, pulveriza os elos tradicionais, reduz as relações de vizinhança, esvazia o compadrio. No Alentejo, os grandes centros populacionais não deixam de ser aglomerados rurais, posto de parte o critério demográfico e tendo em linha de conta hábitos, tradições, costumes, modos de vida, fluxos migratórios internos, etc. É natural, pois, que o «mau-nome» circule como verdadeira instituição sócio-cultural.

Variação de Frankenstein

O monstro revolta-se contra o criador:

Um antigo dirigente condenado no processo das FP-25 provocou ontem um incidente no final do discurso do primeiro- -ministro sobre os desafios do desenvolvimento. Assim que terminou a apresentação de Sócrates, Mouta Liz levantou-se, exaltado, e acusou o primeiro--ministro de ter feito um discurso “de propaganda”. Liz berrou que “isso não passa de mentiras” e que “o primeiro-ministro não tem vergonha”.

João Luís Mouta Liz era um dos principais dirigentes da organização terrorista FP-25, criada por Otelo Saraiva de Carvalho. Foi preso durante a ofensiva feita pela Polícia Judiciária às ‘FP’, na denominada operação ‘Orion’, que deteve cerca de 70 pessoas. Foi condenado a 17 anos de prisão por associação terrorista, que não cumpriu na totalidade graças a uma amnistia.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O Grande povoador do Reinado de D. João II, em 1487

Do Arquivo Nacional DA Torre do Tombo - Portugal.

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso , de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos Os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi argüido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana Da Cunha, de quem teve três filhas, Da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinqüenta e três mulheres".

"O rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região Da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O Referendo Obrigatório

"Eu quero um referendo sobre o próximo Tratado da União Europeia"
Assine esta Petição AQUI

Tradição Portuguesa - Vinho dos Mortos

Museu vai preservar tradição do «Vinho dos Mortos»O «Vinho dos Mortos», um dos ex libris de Boticas, vai dispor de um pequeno museu que pretende preservar a história deste vinho, que é enterrado, e impedir a sua extinção, disse fonte da autarquia.
Actualmente, são poucos os viticultores que se dedicam à produção do «Vinho dos Mortos» nos moldes tradicionais e, para impedir a sua extinção, a autarquia e a Cooperativa Agrícola de Boticas (Capolib) estão a desenvolver um plano que passa pela recuperação e preservação deste produto.
O Repositório Histórico do «Vinho dos Mortos», obra que está a ser concluída na Granja, é uma das etapas desse plano e vai funcionar como uma espécie de «museu vivo», onde representa todo o processo de «fabrico» daquele néctar.
O nome do vinho pode parecer um pouco macabro mas deriva de um facto histórico ligado às invasões francesas.
Quando em 1809 as tropas francesas, comandadas pelo general Soult, invadiram pela segunda vez Portugal, o povo, com medo que estes lhes pilhassem as suas colheitas e outros bens, escondeu o que conseguiu.
Segundo a fonte da autarquia, o vinho foi enterrado no chão das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos lagares.
Mais tarde, depois dos franceses terem sido expulsos, os habitantes recuperaram as suas casas e os bens que restaram e, ao desenterrarem o vinho, até o julgaram estragado.
Porém, descobriram que estava muito mais «saboroso» e que «tinha adquirido propriedades novas».
«É uma vinho com uma graduação de 10 a 11 graus, palhete, apaladado, e com algum gás natural, resultante da fermentação no escuro e a uma temperatura constante», explicou à Agência Lusa o produtor Armindo Sousa Pereira.
Este pequeno viticultor é um dos poucos que, em Boticas, ainda produz o «Vinho dos Mortos» nos seus moldes tradicionais, de acordo com a técnica que já aprendeu com os seus pais.
Por ter sido «enterrado», ficou a designar-se por «Vinho dos Mortos» e passou a utilizar-se esta técnica, descoberta ocasionalmente, para melhor o conservar e optimizar a sua qualidade.
As cerca de mil garrafas que Armindo Sousa Pereira produz anualmente são enterradas em finais de Abril ou Março, no chão de saibro da sua própria adega e «até não precisa de ser a grande profundidade».
«O importante é que as garrafas fiquem enterradas», sublinhou.
Entre Julho e Agosto, as garrafas são desenterradas e o néctar fica pronto para beber.
O produtor diz que são muitos os turistas e apreciadores que se deslocam a Boticas de propósito para comprar uma garrafas deste vinho histórico.
Há alguns anos, o «Vinho dos Mortos» foi também um dos temas centrais que uma televisão japonesa gravou na região do Alto Tâmega.
E é esta tradição e esta história que o Repositório do Vinho dos Mortos pretende preservar e dar a conhecer.
Naquele pequeno edifício em granito vai ser colocado um lagar em pedra, alguns objectos ligados à produção do vinho e painéis descritivos desse processo e da história que deu origem à sua denominação.
O espaço exterior será também tratado, adornado com videiras em latada e possuirá em exposição alguns objectos relacionados com o vinho que possam ser mantidos ao ar livre, como tinas ou vasilhas em granito.

Diário Digital / Lusa

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

E o vencedor é......

Mais uma vez vence o terrorismo, o cancelamento do raly Lisboa-Dakar é mais uma vitória na guerra diária Ocidente/Terrorismo.
Como sabem, para garantir a realização deste evento também o (des)governo português teve de abrir e bem os cordões à bolsa. Com que dinheiro? Dos contribuintes. Nosso. Esse investimento tem um retorno, ou melhor, devia ter um retorno, na captação de turistas, publicidade ao nosso país, etc...Sem haver Dakar, não há retorno de investimento, mas também havendo o retorno nunca se vê, o cidadão comum não sabe o que é esse tal de retorno.
Seja como fôr, eu sou adepto de desportos motorizados e esta é uma noticia triste, talvez se o Raly tivesse como nome Paris-Dakar a história fosse outra, toda a gente sabe que os franceses nunca gostaram do facto da prova ter início em Portugal. Pode muito bem ser o princípio do fim do maior Raly do mundo, pelo menos conforme o conhecemos, a organização devia ter previsto isto e ter alternativas, os serviços de segurança franceses também deviam ter previsto isto mais cedo, incluindo os portugueses.
Outras teorias se levantam, existe a possibilidade da culpa ser da petrolifera francesa Total que, segundo fontes, desmobilizou os postos de abastecimento que tinha para a passagem do raly já á alguns dias impedindo assim qualquer possibilidade dos concorrentes conseguirem combustivel no deserto. Segundo ouvi numa entrevista com o director da revista Todo-o-Terreno a situação na Mauritânia era pacífica... ele veio de lá na sexta feira, o pior foi mesmo a Total retirar, mas depois também havia o problema das companhias de seguros, etc, etc...e pronto, o raly Dakar já era.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Navios Portugueses - PEDRO NUNES (ex. Malange)

Paquete construído em 1889 na Inglaterra para a Mala Real Portuguesa, foi mais tarde vendido à E. N. N. sendo requisitado em 1916, para servir como cruzador auxiliar. Durante a guerra efectuou transportes de tropas para França. Foi abatido ao efectivo em 1923 e integrado na frota da Companhia Nacional de Navegação.

DESLOCAMENTO: 3 544 tons.
DIMENSÕES: 110,7 * 12,8 * 10,7 metros
ARMAMENTO: 2 peças de 120 mm; 2 de 76 mm; 2 de 47mm
PROPULSÃO: 2 máquinas de E. T. de 2 300
H.P. - 2 veios = 16 nós
TROPAS: 1016 homens
GUARNIÇÃO: 207 homens

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A oposição manifesta-se

Ano Novo, mais do mesmo

Mais um ano, mais do mesmo, mais desgostos porque as alegrias andam pelas portas da amargura e eu não me entrego a festejos já lá vão uns bons anos.
A avalanche de notícias sobre o ano novo cansa de tanta repetição, enjoa de tanto festejo, revolta com tanta mudança anunciada.
Entramos no ano a saber que tudo é mais caro, onde está a novidade? Não é assim todos os anos?
Continua a bom ritmo a campanha de fundamentalização do estado por parte do governo, enquanto a ASAE fundamentaliza a asépsia e quer encerrar metade dos cafés e restuarantes, o governo junta ás anteriores medidas de proibição de cruxificos nas escolas e hospitais e outras medidas similares junta-se agora o abandono dos nomes de santos como nomes oficiais das escolas, ao pé disto a PIDE e o Estado Novo nem têm comparação.
O tabaco, como se sabe, foi proíbido na maior parte dos sítios, os fumadores vão começar a ser perseguidos enquanto os presos recebem gratuitamente "kits" para se drogarem á vontade no aconchego das suas celas, entre uma saida precária ou no fim de um dia de trabalho providenciado pelo estado fora das prisões, " Desempregados deste país, se querem emprego cometam um crime" será o novo slogam contra o desemprego para 2008.