O movimento Saudosista surge em Portugal pouco tempo após a implantação da República e é influenciado pelo impacto dos princípios orientadores desta nova realidade. Teixeira de Pascoaes e outros fundam um movimento cujo objetivo é basicamente o de construir um firme baluarte a serviço de um ideal cultural. O movimento procura desenvolver uma motivação superior de cunho religioso e filosófico, que deve consagrar-se completamente à realização da obra social, cultural e política da República. Teixeira de Pascoaes, ao lançar as bases do Saudosismo, quer defender a sua Pátria de duas decadências: primeiramente, a do cansaço das grandes Descobertas, e, a mais crítica, a decadência de ver o elemento estrangeiro invadir Portugal, afastando o país da sua verdadeira alma. Segundo Teixeira de Pascoaes, a alma lusíada tem na fusão dos antigos Povos que se encontraram na península, a sua origem e, por esta fusão ela se distingue das outras almas pátrias desde o início, por ter um caráter nacional muito rigoroso. Expondo suas idéias no livro Arte de Ser Português , revela-nos: " A alma pátria é, portanto, caracterizada pela fusão que se realizou , na nossa Raça, do princípio naturalista ou ariano e do princípio espiritualista ou semita, e pelas qualidades morais da Paisagem que, em vez de contrariar a herança étnica, a acentua e fortalece."
Neste sentido, Teixeira afirma que a alma portuguesa existe e esta existência pode ser distinguida desde seus primórdios: " (...) Houve um momento em que no meio d'essa confusão rumorosa e guerreira, se destacou uma voz proclamando um Povo, gritando a Alma d'uma Raça: foi a voz de Viriato (...) E n'esse momento, mais divino que humano, a alma portuguesa gerou nas suas entranhas, penetradas por uma luz celeste a " Saudade ', a nebulosa do futuro Canto imortal, o Verbo do novo mundo português."
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"E não tinha a Saudade a sua origem
Neste sentido, Teixeira afirma que a alma portuguesa existe e esta existência pode ser distinguida desde seus primórdios: " (...) Houve um momento em que no meio d'essa confusão rumorosa e guerreira, se destacou uma voz proclamando um Povo, gritando a Alma d'uma Raça: foi a voz de Viriato (...) E n'esse momento, mais divino que humano, a alma portuguesa gerou nas suas entranhas, penetradas por uma luz celeste a " Saudade ', a nebulosa do futuro Canto imortal, o Verbo do novo mundo português."
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"E não tinha a Saudade a sua origem
Remota neste céu misterioso,
Nesta bela paisagem transcendente?
E a sua origem próxima e sensível
Na alma profunda, mística e vidente
Deste Povo do Mar e da Montanha?"
( Teixeira de Pascoaes, Marános, 1911)