Vistas da provincia onde me encontro, no país de verdade, onde as pessoas ainda são simples, tradicionais e vivem segundo regras diferentes da vida das grandes cidades e zonas urbanas, estas eleições, no entanto, foram vividas de igual forma e passaram completamente ao lado da vida da maioria, com abstenções altissimas, demonstrando mais um vez que o povo, a grande massa dos eleitores está a borrifar-se para a Europa e para este tipo de eleições, consideram-nas apenas uma luta pelos 22 "tachos" disponiveis e afastam-se completamente da participação efectiva da escolha dos "tachos" e sua distribuição partidária.
Num país de 9.601.744 inscritos para votar, apenas compareceram ás urnas 3.557.240, o que prefaz uma abstenção de 6.044.504 (62,95%) do universo possivel de eleitores (segundo a RTP)
Ora isto é ridiculo quando pensamos nos partidos do sistema e na suas declarações televisivas, com o PSD estupidamente embriagado por uma parca e ridicula "vitória", o PS a guardar a vingança para depois, claramente já a pensar nas legislativas, o PCP eternamente vitorioso, o BE a ser tratado novamente com a maior das benevolências pela comunicação social, fazendo multiplas declarações exibidas em directos sucessivos como se de um comicio se tratasse, e o CDS respirando de alivio porque as sondagens e projecções se enganaram novamente e os betinhos da Largo do Caldas lá conseguiram manter os dois madatos.
Se pensarmos que o PSD obteve apenas 1.127.128 votos e o PS 945.362, num pais de 9.601.744 eleitores, isto é uma palhaçada e as eleições nem deviam ser legitimadas, aliás, se querem eleições, ao menos que sejam obrigatórias no voto, ou seja, um cidadão, um voto, obrigatório por lei, assim é que devia ser, mas essa é outra discussão.
Quanto aos pequenos partidos, nada de novo, total indiferença, como se não existissem.
Abastendo-me de falar de alguns deles, remeto-me directamente ao meu partido, o PNR, que obteve nestas eleições, de tão grande abstenção, uma significativa subida no número de votantes, em relação ás legislativas de 2005.
Em Fevereiro de 2005, ultimo acto eleitoral em Portugal, sem contar os referendos, o PNR obteve 9.374 votos, ( 0,16%), nestas Europeias, encabeçadas exemplarmente pelo Humberto Nuno de Oliveira, o PNR obteve 13.029 votos, (0,37%), o que é, quanto a mim, notável para um pequeno partido como o PNR, sem os recursos nem a simpatia dos grandes meios de comunicação social, que são aberta e abjectamente parcias em relação ao bloco central (PS e PSD) e alguns mesmo, declaradamente anti-PNR.
Não sei qual as conclusões que o partido, a sua direcção e orgãos directivos vão retirar destes resultados, mas quando a mim, simples eleitor, simpatizante e votante do PNR, é para mim uma alegria a subida do número de eleitores e quero endereçar a partir daqui os meus parabéns ao Humberto Nuno de Oliveira, que quanto a mim, e já o tinha referido antes, foi impecável e inteligentemente escolhido para encabeçar esta lista ao Parlamento Europeu e que fez uma boa campanha, uma excelente campanha, muito digna, muito limpa, esclarecedora quanto ás ideias do partido no que á Europa diz respeito, porque era disso que se tratava, e não a politica de sargeta, confusa, sem ideias, ideológicamente parecida, baixa e deselegante, que os grandes partidos conduziram e que nos entra pela casa dentro através dos noticiários.
Um abraço Humberto, de um camarada alentejano, bem haja, que com a sua coragem, verticalidade, honestidade, intlectual e ideológica, foi a grande revelação destas eleições e marcou a diferença nos debates e entrevistas onde apareceu.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Eleições Europeias - Números, Análise e PNR
Marcadores: Eleições Europeias, Europa, Humberto Nuno de Oliveira, PNR
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