sexta-feira, 17 de julho de 2009

Beja e a descaracterização crescente das Cidades portuguesas

É conhecida a obra do Sr. Pinócrates como Engº Cívil, todos nos lembramos de ver os magníficos projectos arquitectónicos saídos da pena de tão ilustre Engº formado nessa escola de Referência que foi a Universidade Independente.
Pois é, não sei se isso está a influenciar o trabalho de outros Engºs e Arquitectos ligados de alguma forma ás obras do regime Pinócrates, mas o que sei é que na capital do Baixo Alentejo, minha querida cidade de Beja, estão a ser construidos alguns mamarrachos dignos de nota, alvo de criticas e merecedores de lágrimas.
Como se não bastasse as obras do malfadado, absurdo e ridiculo programa Polis, que veio descaracterizar a cidade no seu coração, veja-se, por exemplo, o resultado das tristes obras do Jardim do Bacalhau e Praça Diogo Fernandes, agora é no recinto do Hospital e na Escola Secundária D. Manuel I que a polémica reside.
Segundo o Jornal Público "a construção de um pavilhão polidesportivo coberto na Escola Secundária D. Manuel I e de um novo hospital de dia para doentes oncológicos na cidade de Beja está a merecer forte contestação do executivo municipal e até de alguns dirigentes da organização local do Partido Socialista, tendo como justificação a "má" qualidade arquitectónica dos edifícios. (...) Luís Miranda, que já foi deputado na Assembleia da República, insurgiu-se contra as "vergonhas" arquitectónicas que estão a ser instaladas pelo Governo na capital do Baixo Alentejo. (...)
Também a construção do novo hospital de dia destinado a doentes oncológicos mereceu uma apreciação ainda mais crítica de Luís Miranda, que comparou o novo equipamento a um "palheiro", caracterização que vingou na opinião pública da cidade.
Se os fins são nobres e necessários, já as devidas susceptibilidades e arquitectura locais deviam ser tidas em conta, as criticas chovem de todos os quadrantes políticos na cidade, o que deve querer dizer alguma coisa.
Uma coisa que eu acho interessante neste tipo de obras sociais, as populações nunca são ouvidas, aqueles para quem estas infraestruturas são construidas não são vistos nem achados neste tipo de situações, são sempre apanhados de surpresa e apenas com o desenrolar das obras se apercebem
dos crimes arquitectónicos praticados um pouco por todo o país desde há 35 anos, descaracterizando as nossas vilas e cidades.

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