sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Conceito de Memória

No programa - Sociedade Civil - do passado dia 5 de Dezembro, intitulado "Não apaguem a memória" e tendo como convidados Fernando Rosas, Ruben de Carvalho e Nuno Tetóneo Pereira, painel absolutamente imparcial em matérias politicas..., foi abordado o tema da memória do Estado Novo, da PIDE, de Salazar, etc, e de como, alegadamente, hoje em dia se tenta, apagar ou manipular essa memória recente do nosso país.
A dada altura do programa foi até referido que é uma campanha orquestrada, conspirativa e derecçionada ao reecresver da História de Portugal.
O tema interessa-me, e não fosse por isso não teria assistido ao desfilar da verborreia de tais personagens, foi interessante verificar por anda actualmente o conceito de memória dos intervenientes que é, afinal, espelho dos conceitos e bandeiras da esquerda por eles representada.
Em relação á antiga sede da PIDE, os intervenientes, que se têm desdobrado em actividades ligadas a este tema, como pode ser visto no seu blog Não Apaguem a Memória, (NAM) querem para esse lugar um "museu da resistência", mas são os mesmo que fazem oposição cerrada, petições e lobby contra a construcção do museu sobre Salazar e o Estado Novo em Santa Comba Dão, logo aqui se verifica que no conceito de memória deste grupelho apenas a memória que eles querem impor é a correcta, dois conceitos diferentes de memória.
Pequenas reportagens e entrevistas mostraram os alegados "Presos Politicos", entre eles o próprio Rosas, em relatos sobre as esperiências prisionais dos visados, mas mais uma vez equecem-se dos milhares de prisões arbitrárias, das perseguições e torturas a que foram alvo cidadãos honestos no pós 25 de Abril e que continuam na actualidade com a prisão absolutamente vergonhosa de vários companheiros nacionalistas.
O recente Livro de Maria da Conceição Rita e Joaquim Vieira foi abordado, jucosamente, por Fernando Rosas, dizendo que não acrescentava nada de novo, 0,00% nas palavras dele, para a compreensão do Estado Novo e de Salazar, mas o seu novo livro, acabadinho de sair teve direito a amplo destaque, assim como os livros de mais alguns dos seus correligionários do movimento NAM.
Gostaria de perguntar ao Sr. Fernando Rosas no que ficamos, conservamos toda a memória ou apenas a que o Sr. Rosas acha que serve os seus interesses e os do seu partido? Ou tem medo que os Portugueses tenham conhecimento do outro lado de Salazar, que saibam que o "papão" cruel e sanguinário por eles anúnciado durante décadas afinal não existia.