quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Anti-Moderno pois claro

Sou um homem do século XIX e não do século XXI, o que não quer dizer que seja menos atento que os actuais.
Proclamo-me anti-moderno, a modernidade apenas trouxe regressão e miséria, infelicidade e analfabetismo, basta olhar a vida e a actualidade por outro prisma, senão repara
em, o que é que a modernidade trouxe de bom? Podem dizer imensas coisas, desde a saude á educação, eu penso exactamente o contrário, não é mais feliz quem vive mais mas sim quem vive melhor e mais feliz com a vida que conhece, e por isso quem antigamente vivia apenas 50 anos e morria de cancro sem saber que o tinha morria mais feliz do que aquele a quem lhe é diagnosticado um cancro e passa os próximos 2 ou 3 anos nos hospitais a fazer tratamentos dolorosos com tudo o que isso acarreta em termos familiares e pessoais, dor, angustia, impotencia, para no fim morrer de igual forma e muitas vezes de maneira pouco digna, é a morte antes da morte.
A modernidade trouxe-nos o fundamentalismo ecologico derivado á loucura poluidora mundial que por sua vez deriva do capitalismo selvagem.
As saudades que eu tenho de ver os antigos da minha terra, hoje infelizmente quase todos mortos, passarem na minha rua com as suas carroças de bestas a caminho das suas hortas de onde retiravam o sustento do dia a dia, couves, batatas, alhos, cebolas, feijão e fruta, num cantinho o sitio dos animais, um porco ou dois na engorda juntamente com a criação de galinhas, coelhos, codornizes e pombos, o homem era independente e feliz nesses tempos porque em ultimo caso não dependia de patrões para comer, não tinha créditos a pagar no fim de cada mês, não tinha preocupações com empréstimos e podia apreciar as coisas boas da vida enquanto enrolava um cigarro de onça no fim de cada dia na conversa de taberna entre iguais a bebericar um copo de vinho da região ou um medronho caseiro sem a fiscalização da ASAE.
Hoje em dia se deixarmos um qualquer miúdo de 30 anos sem trabalho e sem rendimentos de qualquer espécie ele ou vai roubar, mendiga ou morre de fome ou doença relacionada, tudo porque nem sabe cultivar para comer.
Sou anti-moderno porque defendo tradições ancestrais completamente incompativeis com os actuais padrões do politicamente correcto.
A modernidade trouxe-nos uma educação que raia as fronteiras do absurdo, no país onde á apenas 40 anos se aprendia em 4 anos a ler e escrever correctamente o português, onde se aprendia a geografia nacional e mundial, onde se aprendia matemática para a vida, onde se aprendia moral e bons custumes, a escola era de onde saiam os homens e mulheres formados para a vida em apenas 4 anos, aprendia o burro e o inteligente, o rico e o pobre, basta pensar nisto e olhar a rebaldaria que é hoje a escola portuguesa para vermos que regredimos alguns séculos na educação dos nossos filhos, daqui a 30 ou 40 anos não teremos pessoas válidas para governar este pobre país, a educação actual é uma anedota, os professores, que deveriam ensinar e educar, estão atolados em papelada e borucracia, não há tempo para ensinar nada a ninguém, foram transformados em bodes espiatórios da incapacidade do (des)governo em formar e educar as nossas crianças, as velhas escolas do Estado-Novo, com toda a sua simbologia e formalismo foram transformadas em réplicas ridiculas dos modelos estrangeiros, clones de sistemas que não são os nossos, décadas de desenvolvimento de um sistema escolar com provas dadas foram simplesmente deitados fora pelo cano abaixo, nem os próprios edificios escaparam a esta febre transformadora liderada há muitos anos pelos Socialistas onde Sócrates é o expoente máximo da doutrina anti-escolar, os lindos edificios escolares do Estado-Novo têm sido vendidos e cedidos ao desbarato, não raras vezes a estrangeiros que os transformam e separam da sua traça arquitectónica tradicional e tão caracteristica, outros têm sido cedidos a organizações esquerdistas de ambientalistas e outros grupos anarquicos, é como passar uma esponja sobre a memória colectiva de várias gerações de portugueses e portuguesas, é como entregar a milhões de pessoas um atestado de incompetência geral.

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